domingo, 10 de novembro de 2013

O cérebro e a sala de aula!



Até os anos noventa do século passado pouco se conhecia sobre o cérebro humano e sua admirável capacidade de colher informações, transformando-as em conhecimento e de sua sagacidade em transferir experiências vividas ou apreendidas para solucionar novos desafios. O avanço das Ciências da Cognição e o desenvolvimento de novas técnicas de captação de imagens que nos permite ver a atividade cerebral enquanto ocorre e detectar com precisão quais a estruturas envolvidas, mudaram não apenas alguns conceitos médicos, mas interferiram sobre o que se conhece sobre aprendizagem e memórias e, dessa forma, como trabalhar saberes em sala de aula. A lista que aparece a seguir sugere algumas das interessantes conclusões sobre a mente humana e que devem ser levadas em consideração quando se ministra uma aula, seja qual for o nível de idade do aluno, ou os conceitos que se busca construir.

1.       A educação infantil é tudo, o resto quase nada.
O cérebro humano é capaz de aprender em qualquer idade, mas reveste-se de notável importância a educação que se recebe desde o nascer, até os primeiros anos de vida e o reconhecimento das agudas modificações cerebrais que se processam após a puberdade.

2.       A imperativa certeza de que cérebro que não se usa é órgão que se perde.
Uma pessoa normal nasce dotada de tecido cerebral complexo e com capacidade para diversificadas e múltiplas conexões, mas se esse tecido não é desafiado através de estímulos significativos que atingem a percepção sensorial e depois não se utiliza intensamente essa modificação, ocorre uma atrofia ou perda dessas funções. Em síntese, a escolaridade convencional pode ter limite, a aprendizagem jamais.

3.       A plasticidade limitada e a flexibilidade das mudanças pela intervenção do mediador.
Bebês ou crianças pequenas podem sobreviver ou se desenvolver mesmo com comprometimento de uma parte do cérebro, mas à medida que passam os anos, esta flexibilidade diminui e fica bem mais difícil compensar capacidades e funções perdidas. É importante que se preserve boas amizades por toda vida, mas a amizade imprescindível é a que, até os trinta anos, desafia, instiga, ousa.

4.       A importância de estímulos procedimentais e de experiências concretas.
A plasticidade cerebral que nos faz aprender admite que tudo quanto se assimila chega através de experiências concretas do sujeito sobre o objeto do conhecimento, mas chega também pela observação e constatação dos exemplos que se conquista dos modelos que se observa e com os quais a vida nos propõe conviver. Estímulos procedimentais não substituem estímulos experimentais, mas estes também não substituem aqueles. Ambos são imprescindíveis.

5.       O reconhecimento pleno da individualidade e do talento humano.
A complexidade das zonas e das redes neurais, cada uma orientada para capacidades bastante específicas, destaca que alguns indivíduos sejam dotados de potenciais e talentos muito acima da média dos demais e como as aptidões são relativamente independentes, ninguém é absolutamente bom em tudo que é necessário para bem viver, mas possui excelência em uma ou outra capacidade. A avaliação do ser humano não pode jamais se centrar em uma ou apenas algumas capacidades.

6.       As sensíveis diferenças entre o homem e a mulher.
Além de evidentes disparidades biológicas e de papeis sociais que em muitos pontos se opõe, o cérebro masculino e o cérebro feminino apresentam diferenças hemisféricas sensíveis que interferem na forma como percebem e como acolhem a compreensão e a relação da pessoa com o mundo. Em outras palavras, homens e mulheres podem fazer uma mesma leitura de seu tempo e de seus personagens, mas compreendem essa leitura de forma singularmente diferenciada.
 
7.       O incrível papel das emoções na fixação de conhecimentos.
Impossível deixar de reconhecer o imperativo papel da emoção no processo de aprendizagem e as pessoas com capacidade limitada em codificar emocionalmente suas experiências, apresentam problemas em reter e se transformar pela aprendizagem. Emoção não somente se ensina, mas sem a mesma pouco se aprende.

Essa lista, muito longe de se acreditar completa, não pode ser vista com indiferença e nem mesmo como receita por este ou por aquele professor. Ao contrário, identificada como resposta da ciência pelo que hoje se sabe, deve transformar-se em instrumento de reflexão e imperativo de discussões entre toda equipe docente.

Fonte: Celso Antunes

Algumas Características da Síndrome de Asperger.


Birra: a hora de dizer não para a criança.

Por: Angela Senra 




Não é fácil lidar com os escândalos das crianças, mas os especialistas garantem: pais que sabem dizer não e sustentam essa posição têm mais chances de ajudar os filhos.  Tudo começa com um chorinho quando o bebê não consegue satisfazer seus desejos – subir na mesa, pegar o controle remoto, não devolver o brinquedo do irmãzinho. Mas o primeiro mandamento para
 lidar com a birra infantil é não se
 desesperar.
Gritar e perder o controle
 só reforça esse tipo de comportamento
 da criança, que entende
a sua reação como
 parecida com a dela.
Quando o pequeno percebe que conseguiu tirá-la
do controle e chamou a sua atenção, desconfia que
 você acabará cedendo, especialmente se
estiverem em público.
E, aí, salve-se quem puder.
Segundo a psicanalista infantil e familiar Anne Lise
Scappaticci, de São Paulo,
desde muito cedo as crianças aprendem a arte da
manipulação. “Da mesma
 maneira que sabem que agradam quando são boazinhas,
percebem que podem
 usar a birra para conseguir o que desejam”, diz.
A teima faz parte do
 comportamento infantil, como uma
tentativa de a criança
 demonstrar certa independência e
expressar suas vontades.
 E aparece por
 volta de 1 ano e meio de idade.
Quando a criança tenta conseguir o que quer através
de showzinhos, a dica é
dar um pouco de atenção, sem estender a bronca por
horas. Você pode dizer
que esse “não” é o jeito de conseguir o que ela quer e por
 causa disso não vai
 ter mesmo. E não fique assistindo ao espetáculo, a menos
que a criança esteja
 se debatendo e corra o risco de se machucar.
“Nesses casos, aconselho a abraçá-la e ir conversando
 até ela se acalmar”,
 afirma Anne Lise. Se o incidente ocorreu numa festa
de aniversário, por exemplo,
assim que cessar, volte para casa. Depois de um
escândalo como esse,
a criança não pode ser recompensada com diversão.
Segundo Vera Iaconelli, psicanalista e coordenadora do
 Gerar – Instituto
 de Psicologia Perinantal, se o ataque for muito intenso e
você estiver no
shopping ou no parque, vale levá-la até o carro para se
acalmar e, se for
 o caso, nem retornar. O problema é acabar com o
programa dos irmãos ou
da família toda. O ideal é tirá-la do local e mostrar que
 a birra não levará a
nada, que você não mudará de ideia. 
“Quando os pais aprendem a lidar com o filho, as birras
diminuem. Depois
 de uma ou duas vezes, ele aprende que a teimosia não
adianta e para de
insistir. Se isso não acontece, é porque a criança
descobriu
que fazer cena
 funciona e ela sempre ganha a parada”, diz Vera.
A maneira de lidar com esses conflitos é decisiva.
“Os pais precisam ser
 firmes,
mesmo que o filho chore e fique com raiva deles.
Se cedem a cada vez
que ele fica desapontado, acabam criando
uma pessoa
 que não suporta a
 frustração, tem dificuldades de relacionamento e fica
malvista pelos amigos,
que muitas vezes se afastam”, alerta Anne Lise.
O bebê está brincando, você precisa dar banho nele para
 sair, mas a criança
não quer. Ele se rebela e chora. Nessas horas, o truque é
mudar seu foco,
chamando a atenção para objetos e pessoas de que ele
gosta. Imagine se
os pais ou os
 cuidadores sempre cederem a essa pequena rebeldia?
Como conseguirão
 encontrar um momento para levá-lo à banheira? E quando
ele ficar maior,
serão os pais capazes de impor obediência?
A psicanalista Vera Iaconelli explica que a capacidade de
 aceitar regras vai
se desenvolvendo ao longo do tempo e os pais não precisam
 fazer disso
 uma batalha, entrando em constante confronto com a
criança.
“Alguns pais têm tanto pavor da birra que negam tudo,
vetando qualquer
chance de o filho se revoltar e descobrir por si só o que quer.
O equilíbrio
 está em selecionar o não para coisas realmente importantes,
como morder e
bater nos outros ou nos objetos, colocar o dedo na tomada,
atravessar a rua
 sem dar a mão. 
Se seu filho sempre se comporta como um birrento, atenção!
“Apesar de ser
frequente no universo infantil, o padrão indica um problema
 mais sério. É
 hora
de procurar ajuda de um especialista. Do contrário, a birra
 fará a criança
 se fechar
em uma ideia fixa, sem enxergar outras possibilidades”,
alerta Anne Lise.
É difícil enfrentar um comportamento quando ele
aparece pela primeira
vez. E é muito
comum a criança que nunca fez uma determinada
birra um dia se atirar
 no chão e fazer manha, deixando os pais atônitos.
Uma das explicações para isso é a imitação. Ela pode ter
 visto o amiguinho
fazer o mesmo, percebido que funcionou e tentar a sorte
 também. “O papel
 dos pais nessa hora é dizer não e tirar a criança do local.
Ponto final. Não caia
 na tentação de passar meia hora falando, dando corda
 para uma atitude
repreensível ou criticando a ação como se fosse a pior
coisa do mundo”,
 diz Vera.
“Até os 5 ou 6 anos, a criança não consegue manter a
concentração nas
 palavras por mais de 20 ou 30 segundos”, diz a psicóloga
 infantil e
terapeuta familiar Suzy Camacho, autora do livro Guia
Prático dos
 Pais (ed. Paulinas).
Por isso, é fundamental insistir nas regras. “Antes de
sair de casa,
converse com ela e deixe claro o que não será permitido.
Dependendo
 da idade, ela pode esquecer, daí a necessidade de repetir
 a história
 muitas vezes, até que ela aprenda.
Antes de chegar ao supermercado, por exemplo, deixe
claro o que será
possível comprar entre as guloseimas de que ela gosta
 e quando poderá
 comer. Caso ela abra o iogurte ou o pacote de bolacha
 ainda na loja ou
no carro, seja firme. Diga que não é hora nem lugar para
 comer aquilo e
coloque o produto em local fora de alcance. “A estratégia
é evitar o acesso
 fácil ao que é proibido e aguentar a birra, mesmo que
se sinta constrangido
 por estar em local público”, afirma Anne Lise.
Muitas vezes, os pais acabam dizendo sim, sim, sim por
pena de ver o filho
sofrer. Quem nunca teve ímpetos de aceitar levar um
brinquedo caríssimo
só de olhar para a carinha de choro de seu filho, implorando
no meio da loja,
 quando o combinado era não comprar nada?.
Segundo Suzy, no entanto, para criar pessoas equilibradas é
preciso que os
pais impeçam o filho de impor sempre sua vontade. “Quem não
quer ter um
ditador precisa dizer não. Crianças que nunca são contrariadas
 acabam se
tornando adultos infelizes, irritadiços, agressivos, depressivos,
 já que o mundo
 não dá o mesmo sim incondicional dos pais”, afirma Suzy.
O limite, explica Vera, é uma forma de evitar a teima e deixar
a criança mais
segura. “A criança sem limite se sente culpada, sem chão
, tem dificuldades
 para ficar longe dos pais. Quando eles são firmes,
 elas se sentem acolhidas
 e entendem que uma cena não os fará mudarem
de ideia.”
“Se os pais forem coerentes com o que dizem e
fazem, terão um filho
 disciplinado aos 7 anos e deverá seguir assim
pelo menos até a adolescência,
quando a rebeldia, uma nova forma de birra,
 ressurge em intensidade
variada, dependendo de como a criança vem
lidando com as
frustrações”, conta Suzy.

 





Oferecer prêmios não favorece a aprendizagem




Quem é disciplinado pode ganhar um videogame. Quem tira notas altas recebe dinheiro. Por mais estranho que pareça, algumas escolas usam a premiação para incentivar determinadas ações por parte dos alunos. A prática de distribuir prêmios não é educativa e, além disso, mascara os verdadeiros problemas de aprendizagem. 

Dar presentes para quem tem bom comportamento, por exemplo, pode esconder a dificuldade da equipe pedagógica em tratar as atitudes dos estudantes como um conteúdo - por isso "compra" a disciplina com um brinde. Para solucionar questões como essa, é preciso voltar-se para a formação dos alunos como pessoas conscientes de seu papel na sociedade e no contexto escolar. 

Já quem premia o bom desempenho demonstra não saber ensinar a crianças e jovens a importância do conhecimento. E ainda existe o perigo de passar a ideia de que apenas notas altas são sinônimo de aprendizagem. Há alunos que têm dificuldades com certos conteúdos, mas se empenham em aprender. "Os prêmios valorizam apenas o resultado e não o processo e o esforço de cada um", diz Sandra Kraft do Nascimento, pedagoga e psicopedagoga clínica, de São Paulo. Cabe aos gestores e professores descobrir como cada aluno aprende e promover maneiras de atender à diversidade. 

Há ainda a premiação por meio de concurso: vira rei ou rainha da escola quem vender mais ingressos para a festa junina ou arrecadar mais dinheiro para a compra de um computador. Ou ganha um brinde quem fizer a fantasia mais bonita para a festa de Carnaval. Nesse caso, o risco é alimentar a competição e beneficiar quem tem mais poder aquisitivo. Uma alternativa é propor ações que estimulem a cooperação e sejam de cunho educativo. "O importante é não perder o foco na formação das crianças e pensar sempre no que elas estão aprendendo com cada uma das propostas", lembra Sandra.




Sexualidade na Educação


As principais dúvidas sobre Educação Sexual

Aluno com deficiência intelectual se masturba durante a aula. Como agir?


No início da minha carreira como educadora sexual, fui convidada por uma escola a fazer um trabalho com alunos que tinham deficiência intelectual. Foi uma experiência muito rica para mim. Tão rica que virou livro, mas isso é uma outra história que vou contar em breve…
Tudo começou porque a escola em questão tinha um aluno, por volta de 18 anos, que costumava se masturbar no banheiro da escola. Só que, além disso, ele também foi surpreendido no pátio e, outra vez, na sala de aula.
Isso, sem dúvida, constrangia a todos e tirava a concentração de alunos e professores das atividades propostas.
E aí, o que fazer?
A diretora, sem saber como lidar com esta tensão que se criou na escola, chamou os pais do garoto, contou o que estava acontecendo e pediu que a família tomasse uma providência. A sugestão dada: levar o rapaz a uma casa de prostituição!
A diretora acreditava que o fato dele se masturbar era devido à necessidade de fazer sexo.
E o pior foi que a família aceitou a sugestão! O irmão mais velho levou o rapaz a uma casa noturna, escolheu uma garota e ela o levou para o quarto. Passado alguns minutos, a garota sai apavorada chamando alguém para socorrê-lo pois ele havia desmaiado!!!
O que deu errado?
Uma pessoa com deficiência intelectual tem uma resposta orgânica idêntica a das demais pessoas. Porém, sua maturidade pessoal e suas capacidades emocional, cognitiva e adaptativa podem ser muito distintas daquelas que seriam próprias à sua idade cronológica.
No caso desse garoto, se havia alguma imagem feminina que ele usava para se excitar, esta fazia parte de sua  imaginação, sua fantasia. Daí a saber lidar com uma mulher de verdade, de carne e osso… É um passo que nem todas as pessoas que têm deficiência intelectual são capazes de dar. Tudo depende das características de sua condição e das circunstâncias de vida.
Em uma pessoa que tem deficiência intelectual, o desenvolvimento psicossexual, em geral, não acompanha o desenvolvimento físico. Ele pode ter 18 anos de idade, mas o seu interesse sexual ainda pode estar direcionado, apenas, para a sensação prazerosa que as crianças, em geral, descobrem ao tocar os genitais. Se essa fase é alcançada quando o garoto já atingiu a puberdade, isso tende a se tornar um fator complicador na adaptação da pessoa com deficiência à sua condição corporal, pois é completamente diferente lidar com as curiosidades em relação ao corpo numa fase em que os caracteres sexuais secundários já estão formados e os hormônios agindo a todo o vapor. Na infância, a excitação se dispersa bem rápido. Já na adolescência, ela envolve a liberação de hormônios, o que requer um tempo maior para a dispersão ou uma atuação mais direta, como a masturbação.
O erro nesse caso foi lidar com o comportamento sexual dele como se fosse  o de uma pessoa adulta sem comprometimentos intelectuais. Esse garoto não estava precisando fazer sexo com uma outra pessoa, ele estava precisando aprender a lidar com o estímulo sexual  no ambiente escolar para conseguir respeitar as normas de convivência social.
Algumas sugestões de encaminhamento que a escola poderia fazer:
• Conversar individualmente com o garoto para descobrir se ele sabe o que está acontecendo com o seu corpo e  que a masturbação não é uma atividade permitida na escola – a interpretação do que está acontecendo com ele é fundamental para uma abordagem adequada;
• Ensinar de forma clara e sem subterfúgios  as mudanças na puberdade e o que o estímulo sexual pode promover no corpo dele – A pessoa com deficiência intelectual, por suas próprias limitações, já possui dificuldades para entender as modificações que acontecem no seu corpo. A desinformação tende a piorar o quadro. Ele, mais do que os demais, precisa de alguém que o “ajude a decifrar” o que está ocorrendo com ele.
• Deixar claro, numa linguagem que ele seja capaz de entender, as normas da escola em relação ao comportamento sexual. É importante para a adequação social desse rapaz que ele tenha e compreenda os limites. Se esses limites não forem colocados claramente, a pessoa com deficiência, por si só, não vai descobrir que está sendo inconveniente.
• Buscar identificar, junto com ele e a família, se há algum tipo de estímulo que está sendo provocado de forma tão recorrente, e ajudar a neutralizar este fato. Por exemplo, a dificuldade nas atividades escolares ou a discriminação dos colegas pode impedir de buscar prazer em outras atividades e fazê-lo centrar esta gratificação no sexo,  no caso a masturbação.
• Preparar o corpo docente e outros funcionários da escola para lidar com a sexualidade, principalmente nas pessoas com deficiência intelectual, em que a linguagem precisa fazer sentido para ele e o vocabulário empregado ser do seu conhecimento.
É muito importante que eles possam ter um espaço com quem compartilhar suas dúvidas sexuais e, também, que a escola valorize suas habilidades pessoais, como tocar um instrumento musical, participar de um esporte, desempenhar alguma atividade artística.
A inclusão escolar pressupõe acolher todas as pessoas na escola. Isso foi uma grande conquista! Mas, não basta estar na lei, é preciso ter profissionais habilitados tanto para lidar com os alunos com necessidades especiais: tanto para ensinar os conteúdos letivos como para lidar com suas limitações. Devemos entender que mesmo sendo diferentes, essas pessoas possuem os mesmos direitos que qualquer pessoa, inclusive na sua função sexual e reprodutiva.
O que você achou desse post? Tem alguma dúvida sobre esse assunto que gostaria de ver tratada aqui no blog?
Daqui a duas semanas postaremos um vídeo em que responderei às melhores perguntas sobre sexualidade nas pessoas com deficiências física ou intelectual.  Mande sua pergunta para nós!
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Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/blogs/educacao-sexual/2013/11/07/aluno-com-deficiencia-intelectual-se-masturba-durante-a-aula-como-agir/

Um pouquinho do meu trabalho com Inclusão Social no Ensino Médio

"É apenas com o coração que se pode ver direito; o essencial é invisível aos olhos." 
(Antoine de Saint Exupéry) 

DM (18 anos)

























DA (15 anos)










quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

* Como organizar a recepção dos alunos do Ensino Fundamental e a Acolhida na Educação Infantil


Ensino Fundamental

Conversa inicial e expectativas para o ano

Para que os alunos possam conhecê-lo, comece a aula se apresentando e contando sua experiência. Diga há quanto tempo dá aulas e relate projetos interessantes que já fez. com os alunos mais velhos, explique como e por que escolheu ser professor. Procure não apresentar regras de convivência logo de cara. elas serão construídas em conjunto ao longo do ano. Conte à turma o que espera ensinar ao longo do ano e pergunte quais as expectativas em relação às aulas. explique aos alunos sua forma de trabalhar. Diga se pretende pedir trabalhos escritos ou provas e quais materiais costuma usar. Para os mais velhos, faça um panorama do curso e fale um pouco sobre os conteúdos a ser trabalhados.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Apresentação da turma

Cabe ao professor mostrar à classe como é importante que todos se conheçam. Prepare dinâmicas que mobilizem o interesse de um aluno pelo outro. Uma ideia é dividir a turma em duplas aleatórias e pedir que conversem sobre o que mais gostam - música, comida, brincadeira. Em seguida, proponha que cada um apresente o colega à turma. Outra sugestão é passar um filme que fale sobre as relações humanas e propor uma discussão.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Bate-papo com veteranos

Uma boa maneira de matar a curiosidade da turma sobre a etapa que começa é promover uma conversa com os alunos que estiveram naquela classe no ano anterior. Na primeira semana, quem está no 7º ano, por exemplo, pode visitar a turma do 6º para explicar a rotina, contar os desafios etc. Combine essas visitas com os demais professores.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Acolhida na Educação Infantil

Mais profissionais e atenção a quem chora



Nas turmas com crianças menores e bebês, é comum que muitos chorem e precisem de mais atenção no período de adaptação. Nos primeiros dias, é importante ter disponível um número maior de profissionais por turma, capazes de acolher e atender melhor a todos. Se só um dos pequenos ainda não se adaptou e continua chorando, o professor não deve isolá-lo, temendo que os outros chorem também. Deixe-o juntamente com as demais crianças que já estejam adaptadas. Assim, ele pode interagir com os colegas com a sua mediação.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Diversão e sensações

Para os pequenos, é importante que a escola se apresente como um ambiente agradável. proponha atividades com coisas que divirtam as crianças, como água, farinha ou tinta. conforme a idade, faça comidinhas fáceis e gostosas com elas - brigadeiro, por exemplo. durante a atividade, você pode se aproximar da turma, brincar e começar a estabelecer vínculos.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Espaço para os pais

Reserve um lugar com revistas e jornais para que os pais fiquem durante o período em que as crianças estão em classe. Aproveite os primeiros dias para conversar com eles sobre como será o ano. Destaque também a importância de as famílias contarem à escola o que ocorre em casa.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/volta-aulas-como-organizar-recepcao-alunos-







* Volta às aulas: como organizar a recepção dos alunos

Para integrar os alunos novos e receber bem os antigos, é preciso planejamento e cuidado.

O ano letivo começa e muita coisa muda na escola. Alunos novos chegam e os que já estudavam na unidade no ano anterior são reorganizados em outras turmas, com colegas e professores diferentes. Planejar a volta às aulas é fundamental. É preciso integrar os novatos, acolher quem retorna e garantir o melhor ambiente para que todos convivam. "É importante que os estudantes notem que houve preparo para o momento de recebê-los", defende Jussara Tortella, professora do programa de pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). 


O fundamental nos primeiros dias é criar um ambiente de acolhida, em que cada um se sinta pertencente ao espaço escolar. Esse ambiente aparece em decisões planejadas - como a exposição de mensagens de boas-vindas nas paredes, a apresentação da escola aos novatos, as dinâmicas que o docente faz em classe para conhecer a turma etc. 

"A volta às aulas deve ser preparada de acordo com o segmento em que estão os alunos", explica Célia Cassiano, diretora da EMEF Jardim Monte Belo, em São Paulo. Todo ano, ela define atividades diferenciadas para receber as crianças que chegam para cursar o Ensino Fundamental no período diurno e os mais velhos, que vão estudar à noite na Educação de Jovens e Adultos (EJA). O mesmo ocorre com escolas de Educação Infantil. Os cuidados próprios à faixa etária não podem ser esquecidos. Com os pequenos, a adaptação deve ser bem planejada para que a escola não seja vista como um ambiente hostil.

Recepção das famílias

No horário de entrada, é importante que o diretor e o coordenador estejam no pátio para tirar dúvidas dos pais e ajudar os alunos, principalmente os novatos. atitudes como essa demonstram que os gestores estão abertos a questionamentos e interessados em acolher todos os estudantes desde o início do ano letivo.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Apresentação da escola

Para que os novatos conheçam o lugar em que vão estudar, é importante organizar uma equipe para recepcioná-los, mostrar as dependências da instituição e apresentar os funcionários. Uma sugestão é propor que os estudantes mais antigos fiquem responsáveis por essa visita guiada. assim, os novos já começam a conhecer a turma.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Integração dos alunos

Estimule os novos estudantes a participar de grupos mistos, formados por alunos de diferentes anos. Essas equipes podem ser organizadas pelos próprios estudantes, de acordo com as áreas de interesse deles. Grupos de jardinagem, teatro e esportes são algumas opções.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Cuidado com os novatos

Quando ainda não conhecem os colegas, crianças e jovens que acabaram de chegar tendem a ficar mais retraídos. para evitar esse isolamento, é importante que a escola planeje atividades para momentos como o intervalo. nos primeiros dias, é bom também pedir que os educadores prestem atenção extra nos novatos para que não fiquem sozinhos.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/volta-aulas-como-organizar-recepcao-alunos-




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

* Deficiência Intelectual infantil



A Deficiência Intelectual é resultado, quase sempre, de uma alteração na estrutura cerebral, provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação, problemas do parto ou na vida pós-natal. O grande desafio para os estudiosos reside no fato de que, em grande parte dos casos estudados, essa alteração não tem sua causa conhecida ou identificada, e muitas vezes não se chega a estabelecer com clareza a causa da deficiência.
Geralmente, a família procura por um diagnóstico, quando detectam algumas características que diferenciam sua criança das outras, como por exemplo: o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (a criança demora em firmar a cabeça, sentar, andar, falar) e a dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade no desenvolvimento escolar), entre outros. 
ATENÇÃO: Um único aspecto não pode ser considerado indicativo de qualquer deficiência.
Sempre que possível o diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais.
Segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento (AAIDD), a Deficiência Intelectual é caracterizada por uma limitação significativa no funcionamento intelectual e nos comportamentos adaptativos expressa em questões conceituais, sociais e nas atividades da vida prática. Esse funcionamento se origina necessariamente antes dos 18 anos. 
(AAIDD - http://www.aamr.org/)

Fonte: http://regianesouzaneves.blogspot.com.br/2013/01/deficiencia-intelectual-infantil.html

* Alfabeto Ilustrado em Libras



























Fonte: https://www.facebook.com/VidaEmLibras?fref=ts