quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Distúrbios de aprendizagem

 Collares e Moysés (1992) analisaram o conceito de distúrbios de aprendizagem do ponto de vista etimológico e a partir do conceito proposto pelo National Joint Comittee for Learning Disabilities (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem), Estados Unidos da América.
Etimologicamente, a palavra distúrbio compõem-se do radical turbare e do prefixodis. O radical turbare significa “alteração violenta na ordem natural” e pode ser identificado também nas palavras turvo, turbilhão, perturbar e conturbar. O prefixodis tem como significado “alteração com sentido anormal, patológico” e possui valor negativo. O prefixo dis é muito utilizado na terminologia médica (por exemplo: distensão, distrofia). Em síntese, do ponto do vista etimológico, a palavra distúrbiopode ser traduzida como “anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural”
Segundo as autoras, seguindo a mesma perspectiva etimológica, a expressãodistúrbios de aprendizagem teria o significado de “anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural da aprendizagem”, obviamente localizada em quem aprende. Portanto, um distúrbio de aprendizagem obrigatoriamente remete a um problema ou a uma doença que acomete o aluno em nível individual e orgânico.
 De acordo com Collares e Moysés (1992), o uso da expressãodistúrbio de aprendizagem tem se expandido de maneira assustadora entre os professores, apesar da maioria desses profissionais nem sempre conseguir explicar claramente o significado dessa expressão ou os critérios em que se baseiam para utilizá-la no contexto escolar. Na opinião das autoras, a utilização desmedida da expressão distúrbio de aprendizagem no cotidiano escolar seria mais um reflexo do processo de patologização da aprendizagem ou da biologização das questões sociais.
De acordo com a definição estabelecida em 1981 pelo National Joint Comittee for Learning Disabilities (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem), nos Estados Unidos da América,
Distúrbios de aprendizagem é um termo genérico que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestas por dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central. Apesar de um distúrbio de aprendizagem poder ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis (por exemplo, alteração sensorial, retardo mental, distúrbio social ou emocional) ou influências ambientais (por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos), não é resultado direto dessas condições ou influências. (Collares e Moysés, 1992: 32)

O National Joint Comittee for Learning Disabilities é considerado, nos Estados Unidos da América, como o órgão competente para normatizar os assuntos referentes aos distúrbios de aprendizagem. A fim de prevenir a ocorrência de erros de interpretação o Comitê publicou a definição acima apresentada com explicações específicas ao longo de cada frase.
A frase “estas alterações são intrínsecas ao indivíduo e presumivelmente devidas à disfunção do sistema nervoso central”, por exemplo, vem acompanhada da explicação de que a fonte do distúrbio deve ser encontrada internamente à pessoa que é afetada e que a causa do distúrbio de aprendizagem é uma disfunção conhecida ou presumida no sistema nervoso central. Acerca da evidência concreta de organicidade relacionada ao distúrbio de aprendizagem, o Comitê afirma que, apesar de não ser necessário que tal evidência esteja presente, é necessário que, pelo menos, uma disfunção do sistema nervoso central seja a causa suspeita para que o distúrbio possa ser diagnosticado.
No entanto, segundo Ross (1979, citado por Miranda, 2000), a utilização do termo “distúrbio de aprendizagem”, chama a atenção para a existência de crianças que freqüentam escolas e apresentam dificuldades de aprendizagem, embora aparentemente não possuam defeitos físicos, sensoriais, intelectuais ou emocionais. Esse rótulo, segundo o autor, ocasionou durante anos que tais crianças fossem ignoradas, mal diagnosticadas ou maltratadas e as dificuldades que demonstravam serem designadas de várias maneira como “hiperatividade”, “síndrome hipercinética”, “síndrome da criança hiperativa”, “lesão cerebral mínima”, disfunção cerebral mínima”, “dificuldade de aprendizagem” ou “disfunção na aprendizagem.”
Para Collares e Moysés (1992), os distúrbios de aprendizagem seriam frutos do pensamento médico, surgindo como entidades nosológicas e com o caráter de doenças neurológicas.

Fonte: http://psicopedagogiaonlineparatodos.blogspot.com.br/2012/09/disturbios-de-aprendizagem.html

Férias: 10 brincadeiras antigas para garantir a diversão...

Foto: Férias: 10 brincadeiras antigas para garantir a diversão...

Nas férias, faltam brincadeiras para entreter as crianças. O período é muito esperado e tudo que elas querem é se divertir, mas às vezes, nem nós, adultos, nos lembramos de todas as brincadeiras que podemos ensiná-los.

Pensando nisso, selecionamos 10 brincadeiras antigas, que muitas vezes não são conhecidas pelas crianças, para entreter e manter esse ciclo, não deixando acabar a tradição dessas brincadeiras.

1)      Adoleta

Adoleta-na-exposição

Além de divertir, essa também vai ensinar. Organize as crianças em roda, colocando cada uma sempre com a mão esquerda embaixo e a mão direita por cima da mão do colega. Peça para que todos cantem a música “Adoleta, le peti petecolá, les café com chocolá. Adoleta. Puxa o rabo do tatu, quem saiu foi tu, puxa o rabo da panela, quem saiu foi ela, puxa o rabo do pneu, quem saiu foi eu”, sílaba por sílaba. Quem tiver a mão acertada na última sílaba, sai da roda. A criança pode tentar tirar a mão.

2)      Cinco marias

Esse jogo é ótimo para treinar a coordenação motora. Tenha alguns saquinhos de pano com enchimento ou areia. O jogo funciona assim: a criança deve deixar cerca de 5 saquinhos no chão, escolher um para jogar para o alto e, antes dele cair, pegar um dos que restaram no chão e em seguida o outro que estava no ar. Se a criança conseguir, deverá aumentar a quantidade de saquinhos que estão no chão progressivamente.

3)      Corre cotia

Coloque as crianças sentadas no chão formando uma roda, enquanto apenas uma fica de pé com um lenço ou qualquer outro objeto. A criança deve colocar o objeto no chão atrás de outro colega, que no fim da música “Corre cotia na casa da tia, corre cipó na casa da avó, lencinho na mão caiu no chão, moça bonita do meu coração. Criança: Posso jogar? Roda: Pode! Criança: Ninguém vai olhar? Roda: Não!”.

A criança que tiver o objeto atrás dela deve correr em volta da roda para pegar aquele que o colocou ali. Se conseguir, é o próximo líder. Se não, fica no meio da roda e não participa mais.

4)      Dança da cadeira

Coloque uma música animada e as cadeiras de costas para as outras, sempre em 1 número a menos que a quantidade de crianças. De costas, diga “já”. As crianças devem sentar nas cadeiras disponíveis e a que ficar de pé, fica fora da brincadeira. Vá diminuindo o número de cadeiras até que reste um campeão.

5)      Escravos de jó

Com um objeto, como uma borracha, coloque as crianças sentadas à mesa formando uma roda. Cantem a música “Escravos de Jó Jogavam Caximbó. Tira, bota. Deixa o Zé Pereira Que se vá. Guerreiros com guerreiros Fazem zigue – zigue zá” passando os objetos no sentido que preferir, mas seguindo fazendo o que é dito na música – tira, bota, zigue-zigue zá, como no vídeo abaixo.

6)      Estátua

Escolha um líder aleatoriamente para começar. Coloque uma música animada, deixe que eles dancem, até dizer “ESTÁTUA”. Nesse momento, todos devem parar naquela posição, enquanto o líder tenta atrapalhar as crianças. Quem se mexer, perde. Quem conseguir ficar parado é o próximo líder.

7)      Está quente, está frio

Peça que um aluno esconda um objeto enquanto os outros estão de olhos fechados. Quando eles forem procurar, aquele que escondeu irá falando se está quente se estiverem perto de descobrir, ou frio, se estiverem muito longe.

8)      Forca

Escolha uma palavra aleatória e coloque o número de letras que ela possui com espaços na lousa. Cada aluno tem uma chance para arriscar uma letra. Se acertar, terá outra chance. Se errar, a professora vai montando o boneco na lousa membro a membro, até que quando terminar, ele será enforcado e as chances acabam.

9)      Passa Prenda

Escreva um mico em um pedaço de papel. Faça com que as crianças o passem de mão em mão, em contagem regressiva. Aquele que for o número “1”, irá pagar a prenda.

10)   Passa ou Repassa

Escreva em um papel várias perguntas sobre a matéria que foi ensinada. Coloque os alunos em fila e faça a pergunta para o primeiro. Se ele errar, paga um mico. Se acertar, vai para o fim da fila e continua a brincadeira.

Nas férias, faltam brincadeiras para entreter as crianças. O período é muito esperado e tudo que elas querem é se divertir, mas às vezes, nem nós, adultos, nos lembramos de todas as brincadeiras que podemos ensiná-los.

Pensando nisso, selecionamos 10 brincadeiras antigas, que muitas vezes não são conhecidas pelas crianças, para entreter e manter esse ciclo, não deixando acabar a tradição dessas brincadeiras.

1) Adoleta
Adoleta-na-exposição

Além de divertir, essa também vai ensinar. Organize as crianças em roda, colocando cada uma sempre com a mão esquerda embaixo e a mão direita por cima da mão do colega. Peça para que todos cantem a música “Adoleta, le peti petecolá, les café com chocolá. Adoleta. Puxa o rabo do tatu, quem saiu foi tu, puxa o rabo da panela, quem saiu foi ela, puxa o rabo do pneu, quem saiu foi eu”, sílaba por sílaba. Quem tiver a mão acertada na última sílaba, sai da roda. A criança pode tentar tirar a mão.

2) Cinco marias

Esse jogo é ótimo para treinar a coordenação motora. Tenha alguns saquinhos de pano com enchimento ou areia. O jogo funciona assim: a criança deve deixar cerca de 5 saquinhos no chão, escolher um para jogar para o alto e, antes dele cair, pegar um dos que restaram no chão e em seguida o outro que estava no ar. Se a criança conseguir, deverá aumentar a quantidade de saquinhos que estão no chão progressivamente.

3) Corre cotia

Coloque as crianças sentadas no chão formando uma roda, enquanto apenas uma fica de pé com um lenço ou qualquer outro objeto. A criança deve colocar o objeto no chão atrás de outro colega, que no fim da música “Corre cotia na casa da tia, corre cipó na casa da avó, lencinho na mão caiu no chão, moça bonita do meu coração. Criança: Posso jogar? Roda: Pode! Criança: Ninguém vai olhar? Roda: Não!”.

A criança que tiver o objeto atrás dela deve correr em volta da roda para pegar aquele que o colocou ali. Se conseguir, é o próximo líder. Se não, fica no meio da roda e não participa mais.

4) Dança da cadeira
Coloque uma música animada e as cadeiras de costas para as outras, sempre em 1 número a menos que a quantidade de crianças. De costas, diga “já”. As crianças devem sentar nas cadeiras disponíveis e a que ficar de pé, fica fora da brincadeira. Vá diminuindo o número de cadeiras até que reste um campeão.

5) Escravos de jó
Com um objeto, como uma borracha, coloque as crianças sentadas à mesa formando uma roda. Cantem a música “Escravos de Jó Jogavam Caximbó. Tira, bota. Deixa o Zé Pereira Que se vá. Guerreiros com guerreiros Fazem zigue – zigue zá” passando os objetos no sentido que preferir, mas seguindo fazendo o que é dito na música – tira, bota, zigue-zigue zá, como no vídeo abaixo.

6) Estátua

Escolha um líder aleatoriamente para começar. Coloque uma música animada, deixe que eles dancem, até dizer “ESTÁTUA”. Nesse momento, todos devem parar naquela posição, enquanto o líder tenta atrapalhar as crianças. Quem se mexer, perde. Quem conseguir ficar parado é o próximo líder.

7) Está quente, está frio
Peça que um aluno esconda um objeto enquanto os outros estão de olhos fechados. Quando eles forem procurar, aquele que escondeu irá falando se está quente se estiverem perto de descobrir, ou frio, se estiverem muito longe.

8) Forca

Escolha uma palavra aleatória e coloque o número de letras que ela possui com espaços na lousa. Cada aluno tem uma chance para arriscar uma letra. Se acertar, terá outra chance. Se errar, a professora vai montando o boneco na lousa membro a membro, até que quando terminar, ele será enforcado e as chances acabam.

9) Passa Prenda

Escreva um mico em um pedaço de papel. Faça com que as crianças o passem de mão em mão, em contagem regressiva. Aquele que for o número “1”, irá pagar a prenda.

10) Passa ou Repassa

Escreva em um papel várias perguntas sobre a matéria que foi ensinada. Coloque os alunos em fila e faça a pergunta para o primeiro. Se ele errar, paga um mico. Se acertar, vai para o fim da fila e continua a brincadeira.


Fonte: psicologiaedesenvolvimentoinfantojuvenil?fref=ts

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Como tirar a chupeta do bebê....

Foto: Como tirar a chupeta do bebê....

Você é uma daquelas mães que teve sorte, seu filho pegou a chupeta. Digo isso porque minha filha não pegou, apesar de todos os meus esforços. Ou seja, eu sei o que é ter um bebê que fica muito irritado e não tem uma chupeta para acalmar. Se seu filho não usou chupeta e foi um anjinho, você é duplamente premiada (em geral, as mães que eu conheço e cujos bebês a recusaram, ficaram quase loucas nos primeiros meses do pós-parto). Pois bem, seu bebê usou a dita-cuja por um bom tempo, e agora você acha que está na hora de largar. E você já está gastando seus neurônios pensando em como tirar a chupeta do bebê.

Muito bem, as dicas que tenho para passar sobre esse assunto não correspondem à experiência aqui de casa (afinal, Catarina chupou pouquíssimo a chupeta, quase sempre de madrugada; nas outras horas do dia, não dava para tapeá-la). Elas são o resultado da vivência de algumas amigas mães, e também da minha experiência profissional como dentista. Vamos conferir?

 1) Espere a hora certa.

Eu acredito que existe uma janela de oportunidade para tirar a chupeta do bebê. É uma fase em que ele já não depende tanto do objeto para saciar sua necessidade de sucção, e ainda não depende tanto dela psicologicamente. Em boa parte das crianças, isso ocorreria em torno dos 2 anos de idade, ou seja, em tempo de ainda não provocar alterações permanentes nos dentes ou na arcada dentária. Aliás, antes que você pergunte, considera-se uma idade segura para tirar a chupeta do bebê até os 2 anos e meio, época em que está terminando a erupção dos dentes decíduos (de leite). Depois disso, começam a ocorrer movimentações dentais, e até mesmo alterações no palato da criança (o que poderá modificar seu padrão de respiração) e na oclusão (ou mordida, que exigirá tratamento ortodôntico para ser resolvida).

 2) Converse.

Os bebês entendem muito mais do que a gente imagina. Converse com ele, explique que ele está crescendo e que crianças grandes não chupam chupeta. Mostre os amigos ou irmãos que seu filho tanto admira, e que não usam mais chupeta. Ele imita tudo o que os grandes fazem, e no fundo quer imitar isso também (é lógico que ele também adora sua chupeta e pode preferir mantê-la de início, mas já vai se acostumando à ideia de deixá-la).

 3) Restrinja seu uso.
Comece a restringir o uso durante o dia, deixando que ele use só à noite, na hora de dormir. E depois que dormiu, tire da boca. Além de ser um modo de desligá-lo da chupeta aos poucos, evita problemas maiores na boca, pois quanto mais tempo e maior a força de sucção, maiores as alterações orais.

 4) Troque.
Se estiver de acordo com a política da sua casa, sugira uma troca (com o Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, etc). Explique alguns dias antes, combine o que seu filho irá ganhar e mantenha-se firme. Ganhou o presente? Então a chupeta vai embora e não volta mais. Porque você sabe, se voltar, a retirada na próxima tentativa vai ser mais difícil ainda.

 5) Distraia. 
Começou o chororô por causa da chupeta? É hora de passear, ligar a TV, brincar com o cachorro, ligar para a vovó, tomar um sorvete… Vale (quase) tudo para tirar o foco da bendita.

 6) Leve-o ao dentista.
Essa eu posso dizer de carteirinha: seu filho escuta (e leva em consideração) a opinião alheia. Se houver empatia entre ele e o dentista, ele vai se lembrar do papo que tiverem no consultório, sobre a importância de deixar a chupeta. E você, pai ou mãe, reforça a história em casa, até que ele esteja disposto a deixá-la.

 7) Seja criativo.
Invente histórias sobre a ida da chupeta. Ou se esse não for o seu forte, que tal comprar um livro sobre o tema para seu filho? Há um livro bem legal sobre o assunto, chamado “Tchau chupeta” (da Editora Leya), que nasceu de uma música do grupo Pequeno cidadão, composto por Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto. As ilustrações são de Claudia Briza, bem coloridas, e mostram que deixar a chupeta pode ser divertido.

Você é uma daquelas mães que teve sorte, seu filho pegou a chupeta. Digo isso porque minha filha não pegou, apesar de todos os meus esforços. Ou seja, eu sei o que é ter um bebê que fica muito irritado e não tem uma chupeta para acalmar. Se seu filho não usou chupeta e foi um anjinho, você é duplamente premiada (em geral, as mães que eu conheço e cujos bebês a recusaram, ficaram quase loucas nos primeiros meses do pós-parto). Pois bem, seu bebê usou a dita-cuja por um bom tempo, e agora você acha que está na hora de largar. E você já está gastando seus neurônios pensando em como tirar a chupeta do bebê.

Muito bem, as dicas que tenho para passar sobre esse assunto não correspondem à experiência aqui de casa (afinal, Catarina chupou pouquíssimo a chupeta, quase sempre de madrugada; nas outras horas do dia, não dava para tapeá-la). Elas são o resultado da vivência de algumas amigas mães, e também da minha experiência profissional como dentista. Vamos conferir?

1) Espere a hora certa.
Eu acredito que existe uma janela de oportunidade para tirar a chupeta do bebê. É uma fase em que ele já não depende tanto do objeto para saciar sua necessidade de sucção, e ainda não depende tanto dela psicologicamente. Em boa parte das crianças, isso ocorreria em torno dos 2 anos de idade, ou seja, em tempo de ainda não provocar alterações permanentes nos dentes ou na arcada dentária. Aliás, antes que você pergunte, considera-se uma idade segura para tirar a chupeta do bebê até os 2 anos e meio, época em que está terminando a erupção dos dentes decíduos (de leite). Depois disso, começam a ocorrer movimentações dentais, e até mesmo alterações no palato da criança (o que poderá modificar seu padrão de respiração) e na oclusão (ou mordida, que exigirá tratamento ortodôntico para ser resolvida).

2) Converse.
Os bebês entendem muito mais do que a gente imagina. Converse com ele, explique que ele está crescendo e que crianças grandes não chupam chupeta. Mostre os amigos ou irmãos que seu filho tanto admira, e que não usam mais chupeta. Ele imita tudo o que os grandes fazem, e no fundo quer imitar isso também (é lógico que ele também adora sua chupeta e pode preferir mantê-la de início, mas já vai se acostumando à ideia de deixá-la).

3) Restrinja seu uso.
Comece a restringir o uso durante o dia, deixando que ele use só à noite, na hora de dormir. E depois que dormiu, tire da boca. Além de ser um modo de desligá-lo da chupeta aos poucos, evita problemas maiores na boca, pois quanto mais tempo e maior a força de sucção, maiores as alterações orais.

4) Troque.
Se estiver de acordo com a política da sua casa, sugira uma troca (com o Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, etc). Explique alguns dias antes, combine o que seu filho irá ganhar e mantenha-se firme. Ganhou o presente? Então a chupeta vai embora e não volta mais. Porque você sabe, se voltar, a retirada na próxima tentativa vai ser mais difícil ainda.

5) Distraia. 
Começou o chororô por causa da chupeta? É hora de passear, ligar a TV, brincar com o cachorro, ligar para a vovó, tomar um sorvete… Vale (quase) tudo para tirar o foco da bendita.

6) Leve-o ao dentista.
Essa eu posso dizer de carteirinha: seu filho escuta (e leva em consideração) a opinião alheia. Se houver empatia entre ele e o dentista, ele vai se lembrar do papo que tiverem no consultório, sobre a importância de deixar a chupeta. E você, pai ou mãe, reforça a história em casa, até que ele esteja disposto a deixá-la.

7) Seja criativo.
Invente histórias sobre a ida da chupeta. Ou se esse não for o seu forte, que tal comprar um livro sobre o tema para seu filho? Há um livro bem legal sobre o assunto, chamado “Tchau chupeta” (da Editora Leya), que nasceu de uma música do grupo Pequeno cidadão, composto por Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto. As ilustrações são de Claudia Briza, bem coloridas, e mostram que deixar a chupeta pode ser divertido.


Fonte: psicologiaedesenvolvimentoinfantojuvenil

Adolescência: fase é repleta de emoções...

Foto: Adolescência: fase é repleta de emoções...

1. Quando a adolescência começa e quando termina?
A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta. Nela ocorrem mudanças físicas e psicológicas, que nem sempre acontecem em sincronia. Por longos períodos o jovem tem “corpo de adulto e cabeça de criança”.

Como esta transição é dinâmica e complexa, fica difícil reconhecer o limite claro entre a infância e a adolescência e entre a adolescência e a vida adulta. Usualmente, considera-se que a adolescência começa com o início das mudanças físicas que marcam a puberdade (crescimento das mamas, pelos, engrossamento da voz nos meninos e menstruação nas meninas) e que ela “termina” quando o funcionamento psicológico do indivíduo já é predominantemente adulto.

2. É normal o adolescente ficar irritado ou depressivo?
Devido a súbitas alterações físicas e psicológicas, flutuações de humor são comuns e esperadas na adolescência. Porém, quando são acentuadas a ponto de prejudicarem a escola, os relacionamentos ou trazerem outro tipo de sofrimento funcional ou risco para o adolescente devem ser avaliadas por um profissional.

3. Por que os adolescentes querem ficar mais com os amigos do que com a família?
Neste período é comum e adequado que os adolescentes busquem um certo afastamento da família. Isto é necessário para que eles possam definir sua individualidade (seus desejos próprios, sua identidade) e desempenhar papéis sociais diferentes (não apenas de filho ou irmão) a fim de levarem uma vida independente. Este período leva à definição de um conjunto de valores próprios, não mais somente os cultivados pela família e o grupo funciona como um apoio nesses processos.

Interessante citar que adolescentes que permanecem muito presos à família demoram mais a alcançar a maturidade psicológica, especialmente no aspecto sexual.

4. É normal o adolescente ser fã de um cantor, ou ator ou ter um ídolo?
Sim. Os ídolos são modelos de identificação fora da família e o que ele representa pode influenciar no desenvolvimento do jovem de maneira positiva ou negativa.

5. Todos os adolescentes experimentam drogas?
Não. Estudos que avaliam o problema das drogas na adolescência demonstram que, embora o consumo delas (particularmente o álcool) seja significativo, a maioria dos jovens não faz uso de drogas.

Colaboraram: Drª. Elisa Brietzke e Dr. Gustavo Estanislau

1. Quando a adolescência começa e quando termina?
A adolescência é o período de transição entre a infância e a vida adulta. Nela ocorrem mudanças físicas e psicológicas, que nem sempre acontecem em sincronia. Por longos períodos o jovem tem “corpo de adulto e cabeça de criança”.

Como esta transição é dinâmica e complexa, fica difícil reconhecer o limite claro entre a infância e a adolescência e entre a adolescência e a vida adulta. Usualmente, considera-se que a adolescência começa com o início das mudanças físicas que marcam a puberdade (crescimento das mamas, pelos, engrossamento da voz nos meninos e menstruação nas meninas) e que ela “termina” quando o funcionamento psicológico do indivíduo já é predominantemente adulto.

2. É normal o adolescente ficar irritado ou depressivo?
Devido a súbitas alterações físicas e psicológicas, flutuações de humor são comuns e esperadas na adolescência. Porém, quando são acentuadas a ponto de prejudicarem a escola, os relacionamentos ou trazerem outro tipo de sofrimento funcional ou risco para o adolescente devem ser avaliadas por um profissional.

3. Por que os adolescentes querem ficar mais com os amigos do que com a família?
Neste período é comum e adequado que os adolescentes busquem um certo afastamento da família. Isto é necessário para que eles possam definir sua individualidade (seus desejos próprios, sua identidade) e desempenhar papéis sociais diferentes (não apenas de filho ou irmão) a fim de levarem uma vida independente. Este período leva à definição de um conjunto de valores próprios, não mais somente os cultivados pela família e o grupo funciona como um apoio nesses processos.

Interessante citar que adolescentes que permanecem muito presos à família demoram mais a alcançar a maturidade psicológica, especialmente no aspecto sexual.

4. É normal o adolescente ser fã de um cantor, ou ator ou ter um ídolo?
Sim. Os ídolos são modelos de identificação fora da família e o que ele representa pode influenciar no desenvolvimento do jovem de maneira positiva ou negativa.

5. Todos os adolescentes experimentam drogas?
Não. Estudos que avaliam o problema das drogas na adolescência demonstram que, embora o consumo delas (particularmente o álcool) seja significativo, a maioria dos jovens não faz uso de drogas.

Colaboraram: Drª. Elisa Brietzke e Dr. Gustavo Estanislau


Fonte: psicologiaedesenvolvimentoinfantojuvenil

Dez erros que os pais cometem e afastam os filhos adolescentes...


A adolescência é um período complicado para pais e filhos. As relações ficam mais difíceis, as preocupações aumentam e é preciso administrar com calma essa fase cheia de experiências novas para os jovens. Para evitar o distanciamento, duas especialistas listam dez erros comuns, cometidos pelos pais, em relação aos adolescentes.

1º ERRO: não entender que os filhos cresceram

As crianças são muito ligadas aos pais. Mas, na adolescência, há um afastamento natural, para que os filhos possam testar sua independência e autonomia. E isso não significa que os jovens não gostam mais de seus pais. A psicóloga Marina Vasconcellos explica que os adultos devem entender esse momento e dar mais liberdade (claro, com limites). “Não dá para permitir tudo, mas é um erro impedir que os adolescentes tenham experiências novas, afinal, eles cresceram e precisam disso para a construção da identidade.”

2º ERRO: minimizar as descobertas

Os pais costumam dizer aos filhos que sabem perfeitamente pelo que eles estão passando, pois já viveram tudo aquilo. E, portanto, acham que podem dizer qual é o melhor caminho. Marina diz que isso é um erro. “É preciso respeitar o momento do filho, sem impor seu modo de pensar. Por mais que tenhamos ideia de como é, agora é a vez deles”, diz a psicóloga. “É impossível impedir o sofrimento dos filhos. Todos têm tristezas e dificuldades. Os jovens também.”

3º ERRO: não saber como controlá-los

Os adolescentes se consideram maduros e não gostam de dar satisfações. Mas precisam. E o ideal é fazer com que isso aconteça naturalmente, sem a necessidade de cobrar explicações. De acordo com Marina, “se os adolescentes são tratados com respeito, geralmente, retribuem da mesma maneira”, diz ela. “Pais que julgam bloqueiam os filhos, que se fecham. Em uma relação saudável, as conversas fluem normalmente. Isso inclui falar sobre que estão passando, apresentar os amigos, compartilhar as experiências”. O conselho dela é dar espaço para que o filho se abra, sem que sinta medo de ser julgado. “Quebre o clima de tensão entre vocês com bom humor.”
Não minimize as descobertas do seu filho sempre repetindo que já passou por tudo isso.

4º ERRO: exagerar nas cobranças
A adolescência é uma fase de muitas cobranças. Os pais querem que os filhos tenham um bom futuro, estudem, tenham boas companhias, criem responsabilidade, não se envolvam com drogas... A sugestão de Marina é escolher a forma certa de cobrar. “Os pais devem ser afetuosos, senão não funciona. Não podem apenas cobrar. A cobrança precisa ser intercalada com carinho, diversão, momentos descontraídos e diálogos. Muita pressão cansa os dois lados: adolescentes e pais.”

5º ERRO: não saber dar liberdade

Podar demais não dá certo. “Deixe que o seu filho durma na casa dos amigos”, exemplifica Marina Vasconcellos. “Ligue para os pais do amigo, certifique-se de que é seguro e permita”. De acordo com a psicóloga, os pais têm dificuldade para saber qual é o momento certo de permitir que os filhos saiam à noite. “Aos 15 ou 16 anos, eles querem chegar mais tarde em casa. Querem ir para as baladas. Deixe-os ir, mas é importante ir buscá-los, para ver como saem dessa balada (se estão com os olhos vermelhos ou bêbados, por exemplo)”, recomenda a psicóloga. “Combine um horário condizente com a idade e a maturidade do seu filho.”

6º ERRO: demonstrar falta de confiança
Certificar-se de que o seu filho está em segurança é bem diferente de vigiá-lo. De acordo com a psicoterapeuta Cecília Zylberstajn, o filho pensa que, se o pai não confia nele, pode fazer o certo ou o errado, pois não fará diferença. “Investigar exageradamente não estimula a responsabilidade. Gera um clima de desconfiança –e as relações íntimas são baseadas na confiança”, alerta a especialista. “Diga para o seu filho que quer se assegurar de que ele estará bem e informe-se, mas não aja às escondidas.”

7º ERRO: desesperar-se nas crises
Os adolescentes dão trabalho. Mas é essencial agir com cautela. “As reações precisam ser proporcionais aos fatos”, diz Cecília. “Se o seu filho entrou em coma alcoólico é uma coisa, se chega cheirando a bebida é outra. Os pais devem hierarquizar a gravidade dos problemas”. De acordo com a psicóloga, ter uma reação desmedida (ou dar broncas muito frequentes) estimula o filho a mentir. “Para o adolescente, o problema é a bronca. Ele não pondera se suas atitudes podem ser perigosas. Por isso, converse com calma, para entender as razões que o levaram a fazer escolhas erradas. Descubra se é algo frequente e explique as consequências.”
Colocar defeito em todos os namorados dos seus filhos pode afastá-los de você. Cuidado!

8º ERRO: constranger os filhos

Na adolescência, é comum os filhos terem vergonha dos pais. Tente compreender isso. Cecília explica que os pais são munidos de informações que podem envergonhar o filho diante dos amigos. Particularidades que só os pais sabem, mas que o jovem não quer que sejam reveladas. “Os adultos precisam evitar expor a intimidade dos filhos, pois, muitas vezes, o deixam constrangido. Evite, também, estender muito as conversas com os amigos dele. “Pai e mãe não são amigos. Pais que querem ser amigos não estão sendo bons pais”, alerta Cecília. “A relação precisa ser hierárquica. Isso não significa que tenha de ser ruim. A diferença é que, com amigos, temos relações de igual para igual. Entre pais e filhos não é assim”, diferencia a psicóloga. “Os pais podem ser bacanas, compreensivos, divertidos, mas são pais.”

9º ERRO: colocar seu filho em um altar

Pare de pensar que ninguém está à altura do seu filho. É comum os pais colocarem defeitos em todos os amigos e, principalmente, nos namorados que os adolescentes têm. Cecília lembra que o excesso de julgamento faz com que os filhos se fechem. “O resultado de tantas críticas é que os filhos passam a esconder namorados e amigos dos pais. Eles perdem a vontade de apresentar pessoas com quem convivem e começam a ficar mais na rua do que dentro de casa”, alerta.

10º ERRO: fazer chantagens

Ameaçar cortar a mesada, caso o filho não obedeça, é muito comum. Assim como dizer que, enquanto ele viver às suas custas, não poderá tomar certas atitudes. “Isso é uma chantagem e não educa”, resume Cecília. “Os pais devem explicar as razões que os levam a proibir determinados comportamentos. Com ameaças, o jovem apenas obedece para não perder um benefício”. A psicóloga diz, ainda, que, agindo assim, a relação entre pais e filhos fica muito rasa. “É como beber e dirigir: quem não faz, pois sabe que é perigoso para si e para as outras pessoas, compreende o problema. Quem deixa de fazer apenas por medo da multa, não entende os riscos”, exemplifica.

VLADIMIR MALUF.
 Fonte: psicologiaedesenvolvimentoinfantojuvenil

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O que é o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH)


Antes de sugerir que um aluno tem hiperatividade, veja se é sua aula que não anda prendendo a atenção. Cinco pontos essenciais sobre esse transtorno

À primeira vista, a estatística soa alarmante: de 3 a 6% das crianças em idade escolar sofrem com o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (o nome oficial do TDAH), que muita gente conhece somente como hiperatividade. Quer dizer então que, numa classe de 30 alunos, sempre haverá um ou dois que precisam de remédio?

Não. Na maioria das vezes, o acompanhamento psicológico é suficiente. E, se o problema for bagunça ou desatenção, vale analisar se a causa não está na forma como você organiza a aula.


"Geralmente, a inquietação costuma estar mais relacionada com a dinâmica da escola do que com o transtorno", diz Ma­u­ro Muszkat, especialista em Neuropsicologia Infantil da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Quando o caso é mesmo de TDAH, são três os sintomas principais:agitação, dificuldade de atenção e impulsividade - que devem estar presentes em pelo menos dois ambientes que a crian­ça frequenta.

Por tudo isso, nun­­ca é demais lembrar que o diagnóstico precisa de respaldo médico. Veja cinco pontos essenciais sobre o transtorno.

1. Agitação não é hiperatividade

Há dias em que alguns alunos parecem estar a mil por hora e nada prende a atenção deles. Isso não significa que sejam hiperativos.
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O problema pode ter raízes na própria aula - atividades que exijam concentração muito superior à da faixa etária, propostas abaixo (ou muito acima) do nível cognitivo da turma e ambientes desorganizados e que favoreçam a dispersão, por exemplo. Em outras ocasiões, as causas são emocionais.

"Questões como a morte de um familiar e a separação dos pais podem prejudicar a produção escolar", diz José Salomão Schwartzman, neurologista especialista em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo.
Nesses casos, os sintomas geralmente são transitórios. Quando ocorre o TDAH, eles se mantêm e são tão exacerbados que prejudicam a relação com os colegas. Muitas vezes, o aluno fica isolado e, mesmo hiperativo, não conversa.

2. Só o médico dá o diagnóstico

Um levantamento realizado recentemente pela Unifesp aponta que 36% dos encaminhamentos por TDAH recebidos no setor de atendimento neuropsicológico infantil da instituição são originados da escola por meio de cartas solicitando aos pais que procurem tratamento para o filho.

"Em muitos casos, o transtorno não se confirma", afirma Muszkat.

A investigação para o diagnóstico costuma ser bem detalhada.

Hábitos, traços pessoais e histórico médico são esquadrinhados para excluir a possibilidade de outros problemas e verificar se os aspectos que marcam o transtorno estão mesmo presentes.

Como ocorre com a maioria dos problemas psicológicos (depressão, ansiedade e síndrome do pânico, por exemplo), não há exames físicos que o problema. Por isso, o TDAH é definido por uma lista de sintomas.
Ao todo são 21 - nove referentes à desatenção, outros nove à hiperatividade e mais outros três à impulsividade.

3. Nem todos precisam de remédio

Entre os anos de 2004 e 2008, a venda de medicamentos indicados para o tratamento cresceu 80%, chegando a cerca de 1,2 milhão de receitas, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Diversos especialistas criticam essa elevação, apontando-a como um dos sinais da chamada "medicalização da Educação" - a ideia de tratar com remédios todo tipo de problema de sala de aula.

"Muitas vezes, o transtorno não é tão prejudicial e iniciativas como alterações na rotina da própria escola, para acolher melhor o comportamento do aluno, podem trazer resultados satisfatórios", explica Schwartz­wman.

Quando a medicação é necessária, os estimulantes à base de metilfenidato são os mais prescritos pelos médicos. Ao elevar o nível de alerta do sistema nervoso central, ele auxilia na concentração e no controle da impulsividade.

O medicamento não cura, mas ajuda a controlar os sintomas - o que se espera é que, juntamente com o acompanhamento psicológico, as dificuldades se reduzam e deixem de atrapalhar a qualidade de vida.

Vale lembrar que o remédio é vendido somente com receita e, como outros medicamentos, pode causar efeitos colaterais. Cabe ao médico avaliá-los.

4. O diálogo com a família é essencial

Em alguns casos, os professores conseguem participar das reuniões com os pais e o médico.

Quando isso não é possível, conversas com a família e relatórios periódicos enviados para o profissional da saúde são indicados para facilitar a comunicação. É importante lembrar ainda que não é por causa do transtorno que professores e pais devem pegar leve com a criança e deixar de estabelecer limites - a maioria das dificuldades gira em torno da competência cognitiva, da falta de organização e da apreensão de informações, e não da relação com a obediência.

Durante os momentos de maior tensão, quando o estudante está hiperativo, manter o tom de voz num nível normal e tentar estabelecer um diálogo é a melhor alternativa.


"Se o adulto grita com a criança, ambos acabam se exaltando rápido e, em vez de compreender as regras, ela pode pensar que está sendo rejeitada ou mal compreendida", diz Muszkat.


5. O professor pode ajudar (e muito)

Adaptar algumas tarefas ajuda a amenizar os efeitos mais prejudiciais do transtorno.
Evitar salas com muitos estímulos é a primeira providência.

Deixar alunos com TDAH próximos a janelas pode prejudicá-los, uma vez que o movimento da rua ou do pátio é um fator de distração.


Outra dica é o trabalho em pequenos grupos, que favorece a concentração.

Já a energia típica dessa condição pode ser canalizada para funções práticas na sala, como distribuir e organizar o material das atividades.


Também é importante reconhecer os momentos de exaustãoconsiderando a duração das tarefas.

Propor intervalos em leituras longas ou sugerir uma pausa para tomar água após uma sequência de exercícios, por exemplo, é um caminho para o aluno retomar o trabalho quando estiver mais focado.

De resto, vale sempre avaliar se as atividades propostas sãodesafiadoras e se a rotina não está repetitiva.

Esta, aliás, é uma reflexão importante para motivar não apenas os estudantes com TDAH, mas toda a turma.

Fonte: Revista Nova Escola

Qual é o perfil da escola para o TDAH?


Não será possível colocar todas as características de uma escola apropriada para o TDAH, mas escolhi algumas que podem ajudar você.
Não será possível colocar todas as características de uma escola apropriada para o TDAH, mas escolhi algumas que podem ajudar você.
Eu sei que muitas vezes é difícil tomar algumas decisões. Quando falamos de filho, as decisões ficam mais difíceis. Mas se a escola ou professores não entende o hiperativo ou a criança com déficit de atenção, O que fazer?

Não é fácil, às vezes ficamos presos pela insegurança em trocar o nosso filho de escola imaginando que ele vai passar pelas mesmas inseguranças, o medo do novo ou de como lidar com um lugar totalmente desconhecido.

Diversas perguntas vêm a nossa mente mas elas estão voltadas somente a uma: Será que eu não vou trocar 6 por meia dúzia ou por algo pior?
Eu sei como é o coração de um pai de um TDAH – eu sou um pai de um TDAH.

A escola muitas vezes não entende os problemas e quer que o nosso filho seja “como ou melhor” que os outros, mas o engraçado é que quando comparamos “um professor com o outro” ou uma “escola com outra” eles não aceitam estas comparações.

Os nossos filhos são comparados, mas os seus professores ou os diretores não admitem comparações. Mas eu penso da seguinte forma – “Eu preciso lutar para o meu filho não perder a vontade de estudar, não perder a vontade de buscar conhecimento e ter prazer em aprender. Eu não vou deixar ninguém tirar esta vontade dele.”

Se a escola tem um papel fundamental para os nossos filhos, precisamos ter critérios para escolher a escola para eles – ainda mais quando ele tem TDAH.

Como escolher a escola para um TDAH?

A escola necessita estar próxima a família: Ela não pode ignorar o TDAH, seus limites e como age, mas deve fornecer um complemento de educação que a criança possa entender a matéria de forma criativa ou diferente de outros alunos. 

A escola de hoje quer robotizar as crianças com os sistemas pedagógicos e educacionais que são dados por educadores que não conhecem as limitações do TDAH. Muitas vezes acreditam que a repreensão severa ou mostrar autoridade pela severidade vai resolver os problemas pedagógicos ou do senta e levanta na classe. Não é desta forma.


O conteúdo pode ser igual a todos, mas o modo de passar este conteúdo pode ser diferente ou especializado para as crianças que não tem facilidade de aprender. Isso entra a competência dos coordenadores pedagógicos e professores que estão na frente da classe.


A escola não pode instigar a competitividade e resultados quantitativos
As escolas que enfocam a formação do aluno valorizando suas diferenças individuais e enfatizam o lado humano das relações em um contexto “bio-psico-social” são mais indicadas para portadores de TDAH do que as escolas que priorizam a competitividade e os resultados quantitativos.

O mundo de hoje está influenciando até o modo pedagógico. As escolas querem formar mini gênios, alunos que entrem nas melhores faculdades para servir de garotos (as) propagandas.

Eles imaginam que quanto mais informação e conteúdo, mais o aluno vai estar preparado o para o dia de amanhã. Basta ver as escolas de hoje que trabalham com sistemas prontos como se fosse o MC Donald’s.

Para eles, o sistema pedagógico nunca é particular, mas nacional. O livro “a” ou o sistema de ensino “b” – eles não podem sair do método porque já está proposto pelo ensino do livro “a’ que é desta forma. Mas será que o livro “a” conta com a dificuldade do TDAH ou de outras crianças ou ele é feito para crianças que não possui dificuldade nenhuma?

O problema é que estas escolas não param para pensar que o conhecimento é por tijolo e não placas industriais. Muitos acreditam que o conhecimento deve ser como aqueles prédios que são feitos de um dia para o outro, mas ele deveria ser como aquela casinha que é feita tijolo por tijolo sustentada por uma base segura.

A criança nem aprendeu o conteúdo de forma clara que foi repassado a 2 aulas atrás, mas o professor já está passando uma matéria nova. Qual é o problema?

O problema é que a matéria nova depende de um bom aprendizado da matéria de aulas anteriores, mas se elas dependem uma da outra, como é que a criança vai aprender as matérias que vem a seguir?

O que acontece com os alunos de TDAH nestas escolas?


Eles se fecham porque não conseguem acompanhar a classe. Começa o problema destes alunos, eles se trancam, tem medo de perguntar suas dúvidas para a professora para não ser chamado de “burro” pela classe. Muitos destes alunos começam a diminuir a letra para que na correção da professora, ela não tenha clareza do que está escrito e não corrija os seus erros.
Eles já tem dificuldades para ter a atenção no que esta sendo ensinado, ainda mais quando não são compreendidos.

Ele espera a correção na lousa para copiar e quando os pais olham para o seu caderno – está tudo certo. Mas isso faz com que o diagnóstico familiar demore a procurar uma ajuda profissional. Quando vamos estudar com eles, detectamos que eles não sabem nada, mas tem boas notas. Mas isso é um meio de defesa do TDAH.

O ambiente de competitividade não é um ambiente calmo nem para os profissionais, quanto mais para um aluno com TDAH. Ele precisa de um ambiente agradável e confiante para que suas dúvidas sejam esclarecidas. Se possível, uma classe com um numero reduzido de alunos para que ele possa ter a atenção necessária.

Então, uma escola que se preocupe com o desenvolvimento do aluno e não enfoca algum tipo de desempenho acadêmico, artístico ou esportivo no sistema competitivo deve ser uma boa escola para as crianças com TDAH.

Não que devemos tratar o TDAH como uma criança doente, mas devemos saber qual é o seu limite para que eles cresçam em seu conhecimento.
UMA ESCOLA ABERTA PARA UMA RELAÇÃO MULTIDISCIPLINAR
Deve haver uma abertura para uma relação multidisciplinar – a escola – o médico – a família – o terapeuta – deve ter uma comunicação para troca de informações sobre os aspectos e definições da conduta mais indicada para cada caso.

O professor deve aceitar cada aluno com suas características e limitações, ele deve promover uma motivação em sala de aula para tornar o aprendizado prazeroso. O aluno TDAH precisa de uma motivação e flexibilidade para adaptação do que deve ser aprendido.

Esta modificação e flexibilidade do método da confiança ao TDAH no professor e na escola para que ele vença os obstáculos e tenha um desenvolvimento sem sofrer pressão externa e interna. Ele necessita um porto seguro.

Enfim, a escola necessita trabalhar as dificuldades dentro dos limites de cada um sem sofrer pressões para que tenha desempenho.
Não queira que seu filho seja alguém que ele pode ser.

Não queria que seu filho seja o que você não foi.
Se o seu filho tem TDAH, procure uma ajuda profissional. Não o culpe, mas ajude-o.
Bibliografia
· Distraídos e a 1000 por hora – Guia para familiares, educadores e portadores de TDAH- Autores :Simone da Silva Sena e Orestes Diniz Neto – editora artmed

O "Mito" do TDAH: como entender o que você ouve por aí


As dúvidas movem a ciência e permitem o progresso, porque impulsionam os cientistas a tentar esclarecê-las. Dúvidas, portanto, representam algo inestimável e imprescindível para todas as áreas da ciência; para a medicina não é diferente. Existe atualmente um grande número de questões não esclarecidas sobre diferentes aspectos de muitas doenças; são estas dúvidas que estão ocupando os cientistas do mundo inteiro neste exato momento e vão ocupa-los por toda sua vida profissional.

E o que fazem os cientistas? Eles fazem pesquisas com critérios rigorosos para testar suas hipóteses. Para isto, devem submeter seu projeto a um comitê de ética e ter cada etapa de seu trabalho avaliada e aprovada antes mesmo de começar. Quando a pesquisa termina, os cientistas publicam os resultados em revistas especializadas, para que os conhecimentos não apenas sejam conhecidos por todos os demais cientistas, como também para que outros possam verificar os resultados e tentar reproduzi-los para confirmá-los ou rejeitá-los. A isto chama-se de método científico e é a única maneira de se controlar os conhecimentos gerados por pesquisas.

Um cientista mal intencionado publicou resultados fraudulentos? A única forma será verificar os resultados de sua pesquisa (eles são obrigatoriamente armazenados durante muitos anos). Outro tirou conclusões erradas a partir dos resultados de sua pesquisa? Basta verificar a metodologia, conferir os resultados e ver se há outras conclusões possíveis. Alguém recebeu verba de um patrocinador que potencialmente influenciou a análise dos resultados? Informações sobre verbas são obrigatórias e caso haja uma infração, nenhuma revista científica publicará mais artigos deste pesquisador. Existiu alguma fraude com os dados? É possível saber verificando os materiais originais da pesquisa e os relatórios publicados; várias revistas publicam imediatamente editoriais quando descobrem algum tipo de erro ou fraude.

Portanto, somente o método científico nos dá a segurança de que uma determinada informação é segura, porque deste modo ela pode ser analisada, verificada, confirmada ou abandonada. Para isso existem as revistas científicas especializadas que só publicam pesquisas que respeitaram o método científico e que foram previamente avaliadas por um grupo de pesquisadores imparciais e com experiência. Quando ocorrem erros, de qualquer natureza, este é o único modo de eles serem descobertos e corrigidos: através de publicações científicas padronizadas.

Agora, imagine que alguém lhe diga que “determinada doença é causada por isto ou por aquilo” ou ainda que “determinado medicamento causa este ou aquele problema”. Você aceitaria, de bom grado? Sem pedir nenhuma comprovação científica? Sem pedir para ver os artigos científicos publicados em revistas especializadas?

Como você pode saber se algo que um profissional de saúde está dizendo é verdade? Qualquer ideia pode fazer algum sentido e mesmo assim ser falsa; nem toda lógica é verdadeira, obviamente. Muitas vezes, um discurso inflamado, aparentemente bem intencionado, é cheio de conclusões que não tem qualquer fundamento científico e não se baseia em nenhum achado de pesquisa. No Brasil, frequentemente pessoas fazem discursos e até mesmo iniciam campanhas sobre saúde baseadas em suas opiniões pessoais ou suas crenças políticas; ou seja, no que elas “acham”- é o famoso “achismo”.

E quanto ao TDAH? Existem dúvidas sobre inúmeros aspectos específicos do TDAH, assim como existem com relação ao câncer, ao diabetes, ao infarto do miocárdio, ao Parkinson, etc. Mas não existe nenhuma dúvida, no meio científico, quanto a sua existência: o TDAH é um dos transtornos mais bem estudados em toda a medicina e é descrito por médicos há mais de 2 séculos.

Mas por que algumas pessoas insistem em dizer que “TDAH não existe”?

Em primeiro lugar, vamos esclarecer quem reconhece o TDAH como uma doença: a Organização Mundial da Saúde. Além disso, no Brasil, temos a Associação Médica Brasileira, a Associação Brasileira de Psiquiatria, a Academia Brasileira de Neurologia e a Academia Brasileira de Pediatria. Você não acha estranho que alguém conheça “uma verdade” que é ignorada por todas as organizações médicas?

Bem, o modo mais simples e rápido de terminar uma discussão sobre “a existência do TDAH” seria pedir que os indivíduos que negam sua existência forneçam artigos científicos que sustentem sua opinião. Mas eles jamais o farão, porque tais artigos.... não existem! O seu discurso sempre será baseado no “achismo” e sempre dará a impressão de que estão lutando por uma causa justa, para “defender” a população de algum mal terrível. Por outro lado, artigos mostrando que existem bases neurobiológicas e genéticas no TDAH somam mais de 10.000 atualmente (isto mesmo, dez mil, você leu corretamente).

Algumas pessoas, talvez, fiquem na dúvida sobre a existência do TDAH porque “todo mundo tem um pouco”. O que ocorre é que todo mundo tem alguns sintomas de TDAH; este diagnóstico é feito pela quantidade de sintomas e não na base do “tudo ou nada”. Exatamente como no diabetes, na hipertensão arterial, no glaucoma, na osteoporose, etc.: o que dá o diagnóstico é a intensidade ou quantidade.

Existem também indivíduos que acreditam que todo e qualquer problema de comportamento (TDAH nem sempre causa problemas de comportamento, ressalte-se) é causado “pela sociedade”. Geralmente estas pessoas estão fortemente envolvidas com grupos políticos que pregam intervenções do governo na sociedade (também chamada de “engenharia social”, muito comum nos regimes ditatoriais comunistas). Tais movimentos remontam à ideia comprovadamente equivocada de que os homens nascem invariavelmente bons e puros e é a sociedade que os corrompe. Estas ideias, que datam do século XVIII, não sobreviveram aos achados da genética e das neurociências, que não existiam naquela época.

Outros, ainda acreditam que todo e qualquer problema psíquico é causado por fatores psicológicos, apesar da farta literatura científica sobre as bases neurobiológicas e genéticas do TDAH. Desnecessário dizer que geralmente tais indivíduos ganham a vida fazendo tratamento psicológico para as doenças; raramente, entretanto, falam sobre o seu próprio conflito de interesses.

Por fim, ainda há aqueles que tomam conhecimento de diagnósticos errados de TDAH, de prescrições equivocadas de medicamentos, de automedicação para fins recreativos ou para aumento do desempenho em provas e passam então a dizer que “o diagnóstico é falho” ou “o tratamento é similar ao uso de uma droga”. Não é difícil enxergar que a existência destes erros em nada comprometem nem o diagnóstico nem o tratamento do TDAH. Pense nos antibióticos: eles são muito prescritos de modo errado. Usam-se antibióticos, por exemplo, para infecções de garganta com muita frequência, um uso sabidamente equivocado (elas são causadas na maioria das vezes por vírus, que não são combatidos com antibióticos). Nem por isso deve-se abolir os antibióticos, que curam e salvam vidas quando usados corretamente. O mesmo exemplo ainda serve para aqueles indivíduos que dizem que “os medicamentos para TDAH são inespecíficos e agem em qualquer pessoa”: de fato, os antibióticos matam as bactérias em qualquer um, mas só curam aqueles que estão com pneumonia.

TDAH não é um mito. Muito daquilo que se fala contrariamente ao seu diagnóstico e tratamento são simplesmente “achismos”, crenças sem fundamento objetivo ou científico; ou seja, são mitos. E mitos, definitivamente, não são algo em que você deva confiar quando se trata de sua saúde ou da saúde de seus filhos.

Escrito por Paulo Mattos

Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro 

Mestre e Doutor em Psiquiatria e Saúde Mental

Pós-doutor em Bioquímica

Presidente do Conselho Científico da ABDA

domingo, 5 de janeiro de 2014

Depressão infantil...


Ao contrário do que muitos pensam, criança também sofre de depressão. A depressão que sempre pareceu um mal exclusivo dos adultos hoje em dia afeta cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes do mundo.

Diagnosticar depressão é mais difícil nas crianças, pois os sintomas podem ser confundidos com malcriação, pirraça ou birra, mau humor, tristeza e agressividade. O que diferencia a depressão das tristezas do dia-a-dia é a intensidade, a persistência e as mudanças em hábitos normais das atividades da criança.

Costuma manifestar-se a partir de uma situação traumática, tais como: separação dos pais, mudança de colégio, morte de uma pessoa querida ou animal de estimação.

Sintomas:

Sentimentos de desesperança.
Dificuldade de concentração, memória ou raciocínio.
Angústia.
Pessimismo.
Agressividade.
Falta de apetite.
Tronco arqueado.
Falta de prazer em executar atividades.
Isolamento.
Apatia.
Insônia ou sono excessivo que não satisfaz
Desatenção em tudo que tenta fazer.
Queixas de dores.
Baixa auto-estima e sentimento de inferioridade
Ideia de suicídio ou pensamento de tragédias ou morte.
Sensação freqüente de cansaço ou perda de energia
Sentimentos de culpa.
Dificuldade de se afastar da mãe.

Medos e aflições de abandono e rejeição.

Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um profissional o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, é necessário, em alguns casos, intervir com medicamentos. A depressão infantil desencadeia várias outras doenças tais como: anorexia, bulimia, etc.

Bibliografia:

ASSUMPÇÃO, F. B. Jr. Depressão na infância. Pediatria Moderna. 28 (4), p. 323 – 328, 1992.
BANDIN, J. M.; et al. Depressão em crianças: características demográficas e sintomatologia. Jornal Brasileiro de Psiquiatria. 44 (1), p. 27 – 32, 1995.
CHESS, S. e HASSIBI, M. Princípios e práticas da psiquiatria infantil .Porto Alegre: Artes Médicas, 1982.
Ballone GJ, Dificuldades de Aprendizagem, in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005.

Fonte: Psicopedagogia on line para todos - blog