Partindo do pressuposto de que aprender é promover a aquisição de novos conhecimentos, modificabilidade cognitiva e comportamental e de que todo esse processo resulta do funcionamento cerebral, compreender as bases neurobiológicas da aprendizagem torna-se fundamental na formação do professor no século XXI. Os sistemas de ensino devem assegurar a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais, nenhum sistema de ensino poderá impor uma homogeneidade ou normalidade ideal. Educar na diversidade é hoje o grande desafio dos professores que irão lidar em sala de aula, cada vez mais heterogêneas, com alunos com deficiências, transtornos, dificuldades, enfim, modalidades diferentes de aprender. A atenção à diversidade de capacidades, motivações e interesses dos alunos é um objetivo que os profissionais da educação estão tentando abordar há muitas décadas com maior ou menor sucesso. Mas agora é chegada a hora, a educação inclusiva é lei, nenhuma criança poderá ficar excluída da escola regular. Como ensinar da melhor maneira que esses cérebros possam aprender? Como esses cérebros se organizam, funcionam, quais as limitações e potencialidades desses alunos? Quais as intervenções adequadas para promover a aquisição da leitura e da escrita pautadas em evidências científicas? Tais questionamentos precisam ser respondidos pelos educadores que devem, urgentemente, buscar cursos onde possam conhecer as bases neurobiológicas do processo de aprender, para através desse conhecimento, que não é ofertado em cursos de formação superior, desenvolver melhores estratégias pedagógicas. A neurociência oferece um grande potencial para nortear a pesquisa educacional e futura aplicação em sala de aula. Pouco se publicou até hoje para uma melhor análise retrospectiva, mas, sem dúvida, a neurociência se constitui hoje, como uma grande aliada do professor, diante deste cenário tão diverso com a qual iremos nos deparar. A neurociência nos traz um novo conceito, o conceito do sujeito cerebral. Precisamos compreender que existe uma biologia, uma anatomia, uma fisiologia naquele cérebro que aprende, que é único na sua singularidade dentro da diversidade de alunos em sala de aula. Conhecer as características individuais dos alunos com necessidades educacionais especiais, contidas nos princípios humanos que reconhecem sua diversidade, a fim de traçar o melhor atendimento a ser ofertado para que ele possa desenvolver todas as suas capacidades, sem dúvida, fará com que, nós, professores, busquemos conhecimentos neurobiológicos advindos das neurociências e de suas subáreas a fim de que possamos lidar com essa diversidade de alunos em nossa sala de aula construindo com esses conhecimentos, novas competências pedagógicas, promovendo através destas, práticas pedagógicas inclusivas, respeitando as diversidades e a singularidade de nossos aprendizes. Nas décadas vindouras podemos esperar o início do descobrimento de complexidades do cérebro e entender pelo menos a natureza das principais funções cognitivas envolvidas no ato de aprender e como fazer, pedagogicamente falando, para otimizá-las. Nos tornando capazes de reconstruir nossa prática educativa em cima de uma sólida teoria do aprendizado.Diante disso, percebe-se que a neurociência oferece um grande potencial para nortear a pesquisa educacional e futura aplicação em sala de aula. Pouco foi publicado para uma análise retrospectiva. Contudo, faz-se necessário construir pontes entre a neurociência e a prática educacional, havendo forte indicação de que a neurociência cognitiva está bem colocada para fazer esta ligação de saberes e entre os saberes diversos.
Profª. Ms. Luciene Martins Tanaka-
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SESP, 2001..
FONSECA, V. Educação especial: programa de estimulação precoce- Uma introdução às idéias de Feurerstein. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
_______. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem: abordagem neuropsicológica
e psicopedagógica. Petrópolis,RJ: Vozes,2007.
GREENFIELD, Susan A. O cérebro humano: uma visita guiada/tradução de Alexandre Tort; revisão técnica, Regina Lúcia Nogueira – Rio de janeiro: Rocco, 2000.
Fonte: Grupo Psicopedagogia em Foco (Rede Social Facebook)
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SESP, 2001..
FONSECA, V. Educação especial: programa de estimulação precoce- Uma introdução às idéias de Feurerstein. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
_______. Cognição, neuropsicologia e aprendizagem: abordagem neuropsicológica
e psicopedagógica. Petrópolis,RJ: Vozes,2007.
GREENFIELD, Susan A. O cérebro humano: uma visita guiada/tradução de Alexandre Tort; revisão técnica, Regina Lúcia Nogueira – Rio de janeiro: Rocco, 2000.
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