Processos
de alfabetização com crianças portadoras de síndrome de Down
Para além da importância de uma educação, a experiência escolar ajuda
uma criança com trissomia 21 a desenvolver a sua própria identidade e a
fortalecer a sua auto-estima e autoconfiança. Contactar com a sociedade, para
além dos limites do lar, é fundamental para estimular as relações sociais e o
envolvimento da criança com o seu próprio meio. Na escola, uma criança com
Síndrome de Down pode, deve e vai adquirir competências acadêmicas básicas como
ler e escrever, tão bem como os restantes alunos. A única diferença é que pode
demorar um pouco mais: enquanto as outras crianças aprendem a ler e a escrever
em cerca de seis meses, uma criança com Síndrome de Down pode precisar de um ano
ou mais. Independentemente disso, os estudos mostram que a educação pode
produzir resultados excelentes e até inesperados nas crianças com trissomia 21,
daí a importância do empenho dos professores e dos pais.
Atualmente
há uma discussão em torno dos métodos tradicionais de alfabetização e da teoria
construtivista. Para entendermos tal discussão, é necessário examinarmos os
pressupostos teóricos que estão embasados nestas práticas pedagógicas
tradicionais de alfabetização e na teoria construtivista.
As
práticas pedagógicas tradicional, representadas pelos métodos sintéticos e
analíticos, apresentam uma concepção mecânica e diretivista, sendo a idéia de
aprendizagem vista como um condicionamento, no qual o comportamento é moldado
(governado), descrito, explicado, previsto e controlado por
reforços.
Em
oposição a estes métodos surge a proposta ou Teoria Construtivista, cujo principal
representante é Jean Piaget. Para Piaget o sujeito constrói o conhecimento na
sua relação com o meio, passando este por diferentes estágios, que dependem do
que cada sujeito traz de herança genética e esquemas mentais para compreender
determinada situação. Esta compreensão requer, também, maturação neurológica,
experiências socioculturais e fatores afetivos, a fim de desenvolver a autonomia
intelectual.
Este
corpo de conhecimento sobre a proposta construtivista será ampliado pelos
estudos sobre a psicogênese da leitura e escrita, através das pesquisadoras
Emília Ferreiro e Ana Teberosky que tentam investigar como a criança constrói
seu conhecimento.
Este
trabalho tem por finalidade investigar a partir de um ditado avaliativo, como
crianças com Síndrome de Down pensam a escrita, tomando como referencial a
pesquisa de FERREIRO & TEBEROSKY (1985) e FERREIRO (1990).
Estando
organizado da seguinte maneira: apresenta uma visão breve sobre a teoria
construtivista, ressaltando dentro desta a teoria ferreiriana e como se dá o
processo de construção do sistema de escrita alfabética; caracteriza uma criança
portadora da Síndrome de Down.
Discutiremos
a importância de uma alfabetização que tenha conhecimento dos estudos
desenvolvidos por Ferreiro, a fim de aperfeiçoar e entender o processo de
construção de conhecimento dos alunos.
Fonte: http://monetani.blogspot.com.br/2010/09/como-acontece-alfabetizacao-em-criancas.html?spref=fb
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