No léxico educativo, pode-se definir autonomia como o processo que permite à criança diminuir proporcionalmente a dependência do adulto e, em contrapartida, obter uma maior segurança em si própria, nas suas potencialidades, e na tomada de decisões por si mesma, através duma análise de diferentes aspectos ligados a essa escolha. Este será, no fundo, o objectivo de todos os intervenientes no processo educativo, o de permitir que a criança construa o seu conhecimento, e se torne responsável nos seus comportamentos e acções.
A referência ao termo no contexto específico do desenvolvimento assume diferentes significados, tendo em conta a idade da mesma, bem como outros factores, como são exemplo o género, a nacionalidade, a cultura, entre outros.
À medida que a criança adquire capacidades que lhe permitem um controlo motor e verbal mais eficaz, verifica-se, da sua parte, uma crescente disponibilidade para explorar, descobrir e comunicar com o mundo em seu redor, momento em que o termo autonomia ganha maior significado.
Desenvolvimento da autonomia
Piaget (em Desenvolvimento moral da criança) aborda o tema da autonomia moral da criança, dividindo-a em três fases:
Ü Primeiros 3 anos de vida: Após o nascer e, até o primeiro ano, ano e meio de vida, a criança vive numa fase caracterizada, entre diversos factores, por um grande egocentrismo, em que desconhece o conceito de certo e errado, de cumprir regras, e em que as suas principais conquistas verificam-se a nível relacional, especialmente nas relações de afecto junto das figuras de referência. As normas de conduta são impostas pelas necessidades básicas da criança. À medida que cresce, ela pode e começa a seguir regras que, são-no mais pelo hábito do que por uma consciência do certo e do errado.
Ü 3 aos 9 anos: Progressivamente, verifica-se o desenvolvimento do respeito pelas regras. A diferença entre o certo e o errado centra-se no cumprir ou não as normas impostas pelos adultos. Neste período, a capacidade da criança em “colocar-se no lugar do outro” é reduzida, o que a leva ao entendimento de que todas as outras seguem as mesmas regras. Este respeito encontra-se principalmente ligado a dois sentimentos, o amor e o medo. Esta respeita as regras pela necessidade de agradar ao adulto amado, e porque tem medo das consequências que derivam do seu não cumprimento.
Embora as regras sejam seguidas pelas crianças, estas ou não são capazes ou sentem dificuldades em compreender quais os critérios que levaram à sua elaboração.
- A partir dos 10 anos: A fase da autonomia, em que se procura uma legitimação das regras. O respeito pelas regras é realizado através de acordos mútuos. Elas agora são negociadas, acordadas, não podendo ser meramente impostas.
O papel dos adultos
O papel dos adultos, na construção da autonomia dos seus filhos, é fundamental e influencia, de modo marcante, o modo como a criança ultrapassa os diferentes desafios com que se depara à medida que cresce. Aos pais, cabe a função de promover um nível equilibrado de autonomia. Este equilíbrio centra-se entre dois pólos opostos:
Autonomia em excesso – em que os pais deixam a criança explorar por sua iniciativa, sem limites concretos e orientadores para com a sua acção. Além das dificuldades da criança em se socializar, em compreender o que pode ou não realizar, pode gerar-lhe sentimentos de ansiedade, insegurança, não se sentindo protegida e acompanhada pelos adultos de referência;
Autonomia em défice – Os pais ou adultos de referência adoptam comportamentos de sobreprotecção, em que a criança não é estimulada a experimentar, a explorar. Tal poderá contribuir para que se torne descrente das suas capacidades, e possua medo em arriscar e procurar novas experiências.
A pais e educadores, pede-se “uma tripla função”:
« Promover a autonomia, dando à criança a possibilidade de manter uma relação activa de exploração dos objectos como forma de construção do conhecimento;
« Manter disponibilidade para auxiliá-la nos momentos em que a tarefa se torna superior às suas capacidades actuais;
« Demonstrar, de modo coerente e firme, quais as regras e limites que se espera que cumpra.
Para uma criança, pode-se então definir o conceito de liberdade como o poder de escolha dentro dos limites que os adultos significativos lhe fornecem para explorar. Tal torna-se fundamental, na medida que tanto pais como educadores possuem como objectivo a preocupação em educar as crianças para a autonomia, estimulando-as a construírem os seus conhecimentos, de modo activo e participativo, bem como dotá-las de ferramentas para uma socialização eficaz.
A criança deve ser, tanto quanto possível, produtora do seu conhecimento, aprendendo a pensar. Deste modo, a pais e educadores cabe possibilitar-lhe a possibilidade de auto-reflectir, de manifestar os seus desejos, impulsos, de decidir, de resolver de forma autónoma os seus problemas, e sentir que, quando necessita, tem o apoio, a orientação e os limites dos adultos.
Deste modo: a criança autónoma não é aquela que faz tudo segundo os seus desejos e impulsos, sem atribuir importância ao seu redor. Mas antes, o sujeito autónomo é aquele que consegue ser e agir, segundo a sua vontade, mas de modo enquadrado e respeitante com as regras, ideias e valores do seu grupo social.
Ideias para fomentar a autonomia:
- Criar situações que promovam a autonomia, que obriguem a criança a escolher, a ponderar diferentes perspectivas, a experimentar o sucesso e o insucesso nas mesmas. Elas pedem orientação, e não uma autoridade máxima. Ao permitir a possibilidade de escolha e/ de actuação a uma criança, transmite-se que “confiamos em ti”, que sabemos que poderá ser bem sucedida e que, mesmo errando, poderá aprender e ultrapassar as dificuldades;
- Escutar. Ela possui um tempo próprio para organizar o seu pensamento, e convém que o adulto não antecipe as suas ideias, mas sim que lhe dê tempo para que as finalize;
- Promover um espaço aberto ao diálogo, à troca de ideias e ao entendimento;
- Permitir que a criança erre sem julgamentos, sem crítica;
- Evitar realizar as acções pela criança. A autonomia deve ser conquistada pela criança, e promovida pelo adulto;
- Adaptar as possibilidades de tomada de decisão de acordo com a idade e maturidade da criança;
- Mais do que os resultados finais, importa incentivar os pequenos passos na direcção correcta, pois a criança necessita de se sentir capaz, e só o sente quando obtém sucesso nas suas investidas.
Desafios desenvolvimentais das crianças (e dos pais): Alimentação e o Sono
Ao longo do processo de autonomização duma criança, existem desafios que colocam à prova pais e crianças, e que se tornam marcadores na sua relação. Estes são momentos privilegiados de relação, bem como de negociação, assentes num equilíbrio entre a vontade/necessidade da criança em se afirmar como um ser independente, e dos pais em educar a criança conforme os seus padrões sociais e educacionais. Não são, de longe, os únicos, mas a alimentação e o sono são comummente duas das tarefas desenvolvimetais que maiores desafios colocam a pais e filhos.
Não se procura, com este artigo fórmulas educativas. No entanto, existem alguns conceitos e conhecimentos que podem contribuir para ultrapassar essas dificuldades com menor tensão.
E, o primeiro passo passa pela aceitação de que, grande número das dificuldades que surgem, se verificam dado que a criança se encontra perante a aquisição duma nova competência. O seu desenvolvimento não é linear, não se regendo apenas pela aquisição de novas competências. Com grande frequência, a aquisição dessas leva a uma regressão noutras já adquiridas, o que pode suscitar nos pais sentimentos de frustração e, muitas vezes, a sensação de desespero.
No entanto, a aceitação de que os retrocessos verificados são um possível sinal de desenvolvimento dos seus filhos, pode levar a que os adultos se sintam menos ansiosos e frustrados e, consequentemente, que transmitam esses sentimentos mais positivos aos filhos, de incentivo perante os esforços dos filhos nessa procura de independência e autonomia.
Alimentação
Os momentos da alimentação são dos que maior angústia causam a pais e educadores, em relação aos quais se exige, o mais precocemente possível, altos níveis de autonomia por parte da criança. O alimentar-se sozinha está directamente ligado à autonomia da criança, e deve ser estimulado nesse sentido, desde os primeiros momentos.
No início de vida da criança, constata-se que a manifestação de vontade e prazer na alimentação, por parte do bebé, é algo natural. No entanto, ao longo do seu desenvolvimento, verificam-se períodos em que ela desinveste, o que vem criar problemas na tarefa alimentar. Apesar desta ser uma área, como tantas outras, em que deve existir um acompanhamento e um diálogo permanente com o pediatra da criança, existem algumas ideias a ter em conta, que poderão contribuir para prevenir e/ou atenuar as dificuldades.
Muitas das dificuldades ligadas à alimentação prendem-se com o facto das duas partes (criança / adultos) possuírem objectivos opostos. O desenvolvimento adquirido pela criança ao longo do fim do primeiro ano de vida, leva-a a querer com maior intensidade explorar essas capacidades. Mais do que alimentar-se, ela quer agarrar os talheres, a comida, negociar com os pais… Enfim, quer explorar todas as suas novas “ferramentas”. Este é um exemplo de como o investimento, por parte da criança, para desenvolver uma nova competência, leva a um retrocesso noutra, neste caso, na alimentação.
Não se pode esperar que a criança passe automaticamente do registo de ser alimentada para o de alimentar-se sozinha sem que, para isso erre. Para que tal suceda, de forma autónoma, tem primeiro que errar, fazer asneiras, sujar, entornar e deixar cair comida e talheres. Esta é uma etapa importantíssima para o objectivo final e, já por si, uma enorme conquista. Como tal, esta fase de experimentação deve ser acompanhada, compreendida e incentivada pelos adultos.
É importante que os pais valorizem, e incentivem, as novas capacidades dos seus filhos, como o agarrar, o procurar imitar os adultos, o comer sozinha e explorar diferentes texturas e consistências da comida... A criança precisa destas experiências, de sentir prazer na alimentação, como anteriormente ocorria. Após esta fase, ela encontrar-se-á preparada para aprender a ter uma alimentação de acordo com os padrões sociais em que se insere.
Quando, por insistência, a tarefa alimentar se torna desprovida de interesse para a criança, podemos estar a contribuir para que uma dificuldade potencialmente passageira, se adense e se fixe num padrão comportamental.
Também por volta desta fase de desenvolvimento, verifica-se uma mudança das suas necessidades alimentares. Tal carece duma correcta percepção por parte do adulto. Durante o primeiro ano de vida dum bebé, ele triplica de peso, o que leva a que o seu apetite seja muito grande. Entre o 1 e os 2 anos, verifica-se que o aumento de peso é substancialmente menor, apenas cerca de 20 %, existindo mesmo períodos em que se mantém. Tal é perfeitamente natural, e é desse modo que deve ser encarado. Por vezes, pais habituados às necessidades alimentares dum bebé, poderão sentir alguma ansiedade pela sua diminuição, e transmitir esse sentimento ao filho. Esse comportamento poderá remeter a maiores níveis de insistência, os quais poderão ser sentidos, por parte da criança, como agressivos, diminuindo o seu desejo natural de se alimentar.
Ideias-chave a considerar:
- Incentivar e estimular as tentativas de autonomia da criança. Neste caso específico, o comer sozinha. Aos poucos, e progressivamente, devemos ir incentivando as crianças a utilizar os talheres, como os “grandes fazem”;
- Deve-se evitar usar ameaças, recompensas e castigos ligados à alimentação. Até podem funcionar no momento mas, a criança pode sentir que possui uma “arma” que pode utilizar no futuro, o que só serve para prolongar as dificuldades. Funciona melhor atribuir liberdade à criança, permitir a exploração dos alimentos e promover que ela decida, dentro dos limites impostos pelos pais, como poderá resolver a situação;
- Ensinar a respeitar e valorizar o horário das refeições. Esse é o momento de alimentar-se, além dum momento importante de relação. Devemos procurar que seja tranquilo, apelar à liberdade e ao prazer de comer;
- Com frequência os pais preocupam-se com o facto dos seus filhos não se alimentarem convenientemente. O facto dela estar a crescer de acordo com os padrões para a sua idade, e a comunicação com o pediatra, ajudam os adultos a sentirem-se seguros quanto às suas capacidades em alimentar os filhos. Quando não se alimentam nos momentos adequados, importa resistir à tentação de o fazer posteriormente com alimentos do seu agrado;
- A criança, para ter fome, necessita de movimentar-se e ser activa. Quando passa muito tempo passiva, como é o exemplo de estar sentada a ver televisão, é natural que sinta menos fome. Ao invés, quando brinca, corre, joga à bola, gasta mais energias, e mais apetite terá;
- Como em tudo na actividade parental, ser um bom modelo e exemplo para os filhos. As crianças crescem desejando imitar e identificar-se com as suas figuras de referência, daí a importância de sermos bons modelos para seguirem.
Sono
Abordar a temática do sono é sempre um tema delicado, em especial porque não é uma questão consensual sendo, por consequência, sujeita a diferentes perspectivas e opiniões.
Existem vários factores que levam pais a querer dormir com os filhos, como são exemplo as seguintes situações:
- Fruto das necessidades laborais, verifica-se um elevado número de horas em que os pais estão privados dos seus filhos, resultando no desejo de passarem o maior tempo possível junto a eles. O dormir juntos proporciona maiores períodos de proximidade, além de poder oferecer mais segurança aos pais que, com frequência, sentem dificuldades em se afastar dos filhos;
- Pais divorciados poderão possuir maiores sentimentos de culpabilidade por se separarem dos seus filhos durante o dia e, assim, procurar compensar essa ausência durante a noite. Também pode ocorrer que estes adultos se sintam mais sozinhos e, assim, procurem uma maior proximidade com os filhos;
- O facto de crianças mais novas acordarem um número considerável de vezes durante a noite, leva a que seja facilitador atender às suas necessidades quando no mesmo espaço.
De modo geral, a nossa sociedade considera importante que a criança, mais cedo ou mais tarde, possua o seu espaço próprio, preservando a sua autonomia e intimidade, bem como a dos seus pais. Para os adultos, torna-se muitas vezes difícil fazer a escolha sobre o momento ideal para que o seu filho durma sozinho no seu quarto. Esta é uma decisão que deve ser, antes de mais, tomada em conjunto pelos pais, e planeada antecipadamente. A pesar nessa decisão deve contar a informação de que, quanto mais tarde ocorrer a mudança para o seu próprio quarto, mais difícil se tornará.
Brazelton, tendo em conta vários estudos que incidiram sobre a maturidade do sistema nervoso do bebé, defende que por volta dos 4/5 meses é a altura ideal para que os pais de debrucem sobre esta decisão.
O conseguir dormir sozinho é um dos objectivos a alcançar por parte duma criança, e é um passo importante no seu caminho para a autonomia. A importância desta conquista verifica-se facilmente no modo como crianças com 4/5 anos se valorizam dizendo “eu durmo sozinho”, em contradição com os que se remetem ao silêncio, com receio de serem descobertos pelos companheiros.
Para que uma criança “aprenda” a dormir sozinha, ela necessita ser capaz de fazer uso dos seus mecanismos para se reconfortar, e enfrentar uma noite afastada das suas figuras protectoras. Tal leva a que a criança aprenda padrões para o seu autoconforto quando acorda. Tal funciona como facilitador do processo de autonomia emocional, além de contribuir para o desenvolvimento do sentimento de segurança sem a presença física dos progenitores. Quanto mais a criança incluir os pais nos seus padrões de sono, mais dependente se tornará dos mesmos. Daí que seja natural que, ao contrário do esperado, quanto mais crescido for o filho, mais difícil tenderá a ser a mudança.
Esta importante conquista na autonomização, não é um processo linear e, com grande frequência, os pais deparam-se com retrocessos, o que os pode levar a questionar as crianças, bem como as suas próprias capacidades educativas. Como referido anteriormente, a aquisição de novas competências pode causar retrocessos noutras já adquiridas e, nesse aspecto, o sono é facilmente influenciável. Deste modo, mais uma vez, é com calma e consciência de que é “um passo em frente” que os pais devem encarar estas novas dificuldades. Apontam-se dois exemplos de avanços que podem causar retrocessos no sono:
Ao adquirir o desenvolvimento motor que lhe permite levantar-se, agarrar-se ao berço, é natural que a criança teste essas capacidades na hora de deitar. Quando esse desenvolvimento se cimentar, os seus padrões de sono tendem a normalizar-se. No sentido oposto, quando os adultos encaram com demasiada ansiedade esses retrocessos, ao invés de valorizarem o avanço alcançado, poderão inconscientemente contribuir para que as crianças se fixem neles.
Outro exemplo recorrente verifica-se por volta dos três anos. Neste período, verifica-se um avolumar dos medos manifestados pela criança, como são exemplo o medo do escuro, dos fantasmas e ladrões, que surgem com maior intensidade nesta idade, em especial no momento de deitar. Mais do que um retrocesso na capacidade da criança dormir sozinha, estes medos são sinais de uma maior maturidade em diversas áreas, como a da imaginação, da criatividade, do jogo simbólico, e duma maior consciência dos seus pensamentos agressivos, que se tornam mais ricos neste período.
Este desenvolvimento, importantíssimo no modo como a criança se socializa e incorpora os diferentes papéis sociais, resulta frequentemente em retrocessos na capacidade da criança sentir-se segura, no seu quarto, longe dos pais.
Mais uma vez, o primeiro passo para ultrapassar estes retrocessos passa pela sua aceitação enquanto integrantes e consequência dum processo evolutivo positivo da criança. Estas dificuldades são, no fundo, bons sinais e, quando os pais assim os aceitam, contribuem para uma diminuição da sua ansiedade e frustração, evitando que estas sejam passadas aos filhos.
Para finalizar, deixam-se algumas ideias úteis para ajudar a criança a dormir sozinha, e a vencer o medo do escuro:
- Procure transformar o momento de deitar numa ocasião de prazer e de relaxamento. Fale com a criança, conte-lhe histórias ao adormecer;
- A existência de rituais ajudam a criança a organizar-se e a orientar-se. Uma hora certa para deitar, e a criação dum ritual de preparação para este momento, como o beber leite, vestir o pijama ou lavar os dentes podem ser facilitadores. Importa que a criança interiorize que um determinado acto precede o momento de deitar, sem retorno ou negociação possível;
- Reconheça e legitime o medo da criança. Tente compreendê-lo e, em conjunto, explorar a causa dos seus medos, bem como formas de os ultrapassar;
- Mostre cumplicidade com os seus filhos, falando-lhes dos seus medos quando era criança, e até mesmo de alguns que sente em adulto (tendo em conta a adequação dos conteúdos à idade da criança);
- Deixar a porta aberta do quarto pode ser um bom auxílio;
- A existência duma luz de presença é um "amigo" maravilhoso. Se a idade da criança o permitir, ter junto a si uma lanterna que pode acender quando sentir medo. Este medo pode ajudar a criança a sentir que possui uma "arma" para se proteger;
- A possibilidade da criança ter na sua cama um boneco ou brinquedo que goste muito pode contribuir para que se sinta mais segura e confiante;
- O medo do escuro não se enfrenta no mundo do concreto, por isso torna-se desnecessário dizer-lhe que papões não existem. Este é um jogo que se joga ao nível da imaginação, e por isso os pais terão que participar a esse nível. Ajude a criança a procurar os monstros que julga escondidos no armário, assuste os fantasmas com uma lanterna, conte-lhe histórias em que os heróis venceram os monstros, use a imaginação e a fantasia...
“Sou o intervalo entre o meu desejo e aquilo que os desejos dos outros
fizeram de mim”
Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)
Bibliografia / Leituras recomendadas
Brazelton, T. Berry (1995), O Grande Livro da Criança, Editorial Presença, Lisboa.
Brazelton, T. Berry (2004), A criança e o sono, Editorial Presença, Lisboa.
Piaget, Jean, O Juízo moral na criança (1994), Editora Summus, São Paulo.
Sprinthall & Sprinthall, Psicologia Educacional (2000), Mc Graw-Hill, Lisboa.
Fonte: http://silvanapsicopedagoga.blogspot.com.br/2012/07/percursos-na-autonomia-da-crianca.html?spref=fb
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