segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

* A Criança e a Dificuldade com a Separação dos Pais



Certos pais, depois da separação, conseguem permanecer como um casal no sentido de serem os pais dos seus filhos. Quando isto acontece, as crianças ficam favorecidas pelo bom relacionamento entre os pais. Por outro lado, em muitos casos de separações litigiosas, Dias (2010) argumenta que o desejo de um dos cônjuges de destruir o outro surge movido por um ódio arcaico e, muitas vezes, estimulado por profissionais que não buscam uma conciliação nesse momento de intensa sensibilidade e vulnerabilidade narcísica de ambos os ex-parceiros. Alguns deles recorrem à Justiça não medindo esforços para ferir o outro, usando todo tipo de argumentos, muitas vezes, distorcendo a realidade.  Os estudos sobre a família e sua influência no desenvolvimento dos filhos têm sido alvo de interesse de profissionais de diferentes áreas.

Para Ackerman (1986), a estabilidade da família e de seus membros está na dependência direta do padrão de equilíbrio e intercâmbio emocional, no qual o comportamento de um membro é afetado por todos os outros. Assim, segundo Dolto (1989), problemas na vida familiar, dentre os quais o divórcio, podem ter efeitos de diferentes alcances sobre a saúde mental da família e de seus componentes.

Segundo Dolto (1989, p.25), é essencial que os filhos sejam avisados a respeito do divórcio. A criança deve “ouvir palavras claras acerca das decisões tomadas por seus pais e homologadas pelo juiz ou por este impostas aos pais”. Quando isso não acontece, o silêncio em torno do divórcio pode provocar o sofrimento psíquico, uma vez que muitas crianças e adolescentes sentem-se culpados pelo divórcio dos pais, em razão das complicações dos encargos e responsabilidades que sua existência faz pesar sobre ambos os pais.

O divórcio dos pais pode ter um impacto muito grande sobre o desenvolvimento infantil, pois a separação destes representa, para uma criança, uma fase marcante da sua vida. Entretanto, dependendo do comportamento dos pais, essa fase de separação pode ser vivida de forma tranquila ou atribulada (SILVA, 2009).

Segundo Dias (2010), no âmbito das relações interpessoais, um fenômeno que não é novo, mas que é identificado por mais de um nome, tem sido alvo do interesse de psicólogos, advogados, assistentes sociais, dentre outros profissionais. Alguns chamam esse fenômeno de "Síndrome de Alienação Parental”; outros, de "implantação de falsas memórias".


A Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Gardner (1985) para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.

Autoras: Ana Carolina Yaegashi; Rute Grossi Milani

Fonte: http://psicologofurlaneto.blogspot.com.br

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