quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

* Como organizar a recepção dos alunos do Ensino Fundamental e a Acolhida na Educação Infantil


Ensino Fundamental

Conversa inicial e expectativas para o ano

Para que os alunos possam conhecê-lo, comece a aula se apresentando e contando sua experiência. Diga há quanto tempo dá aulas e relate projetos interessantes que já fez. com os alunos mais velhos, explique como e por que escolheu ser professor. Procure não apresentar regras de convivência logo de cara. elas serão construídas em conjunto ao longo do ano. Conte à turma o que espera ensinar ao longo do ano e pergunte quais as expectativas em relação às aulas. explique aos alunos sua forma de trabalhar. Diga se pretende pedir trabalhos escritos ou provas e quais materiais costuma usar. Para os mais velhos, faça um panorama do curso e fale um pouco sobre os conteúdos a ser trabalhados.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Apresentação da turma

Cabe ao professor mostrar à classe como é importante que todos se conheçam. Prepare dinâmicas que mobilizem o interesse de um aluno pelo outro. Uma ideia é dividir a turma em duplas aleatórias e pedir que conversem sobre o que mais gostam - música, comida, brincadeira. Em seguida, proponha que cada um apresente o colega à turma. Outra sugestão é passar um filme que fale sobre as relações humanas e propor uma discussão.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Bate-papo com veteranos

Uma boa maneira de matar a curiosidade da turma sobre a etapa que começa é promover uma conversa com os alunos que estiveram naquela classe no ano anterior. Na primeira semana, quem está no 7º ano, por exemplo, pode visitar a turma do 6º para explicar a rotina, contar os desafios etc. Combine essas visitas com os demais professores.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Acolhida na Educação Infantil

Mais profissionais e atenção a quem chora



Nas turmas com crianças menores e bebês, é comum que muitos chorem e precisem de mais atenção no período de adaptação. Nos primeiros dias, é importante ter disponível um número maior de profissionais por turma, capazes de acolher e atender melhor a todos. Se só um dos pequenos ainda não se adaptou e continua chorando, o professor não deve isolá-lo, temendo que os outros chorem também. Deixe-o juntamente com as demais crianças que já estejam adaptadas. Assim, ele pode interagir com os colegas com a sua mediação.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Diversão e sensações

Para os pequenos, é importante que a escola se apresente como um ambiente agradável. proponha atividades com coisas que divirtam as crianças, como água, farinha ou tinta. conforme a idade, faça comidinhas fáceis e gostosas com elas - brigadeiro, por exemplo. durante a atividade, você pode se aproximar da turma, brincar e começar a estabelecer vínculos.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Espaço para os pais

Reserve um lugar com revistas e jornais para que os pais fiquem durante o período em que as crianças estão em classe. Aproveite os primeiros dias para conversar com eles sobre como será o ano. Destaque também a importância de as famílias contarem à escola o que ocorre em casa.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/volta-aulas-como-organizar-recepcao-alunos-







* Volta às aulas: como organizar a recepção dos alunos

Para integrar os alunos novos e receber bem os antigos, é preciso planejamento e cuidado.

O ano letivo começa e muita coisa muda na escola. Alunos novos chegam e os que já estudavam na unidade no ano anterior são reorganizados em outras turmas, com colegas e professores diferentes. Planejar a volta às aulas é fundamental. É preciso integrar os novatos, acolher quem retorna e garantir o melhor ambiente para que todos convivam. "É importante que os estudantes notem que houve preparo para o momento de recebê-los", defende Jussara Tortella, professora do programa de pós-graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). 


O fundamental nos primeiros dias é criar um ambiente de acolhida, em que cada um se sinta pertencente ao espaço escolar. Esse ambiente aparece em decisões planejadas - como a exposição de mensagens de boas-vindas nas paredes, a apresentação da escola aos novatos, as dinâmicas que o docente faz em classe para conhecer a turma etc. 

"A volta às aulas deve ser preparada de acordo com o segmento em que estão os alunos", explica Célia Cassiano, diretora da EMEF Jardim Monte Belo, em São Paulo. Todo ano, ela define atividades diferenciadas para receber as crianças que chegam para cursar o Ensino Fundamental no período diurno e os mais velhos, que vão estudar à noite na Educação de Jovens e Adultos (EJA). O mesmo ocorre com escolas de Educação Infantil. Os cuidados próprios à faixa etária não podem ser esquecidos. Com os pequenos, a adaptação deve ser bem planejada para que a escola não seja vista como um ambiente hostil.

Recepção das famílias

No horário de entrada, é importante que o diretor e o coordenador estejam no pátio para tirar dúvidas dos pais e ajudar os alunos, principalmente os novatos. atitudes como essa demonstram que os gestores estão abertos a questionamentos e interessados em acolher todos os estudantes desde o início do ano letivo.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Apresentação da escola

Para que os novatos conheçam o lugar em que vão estudar, é importante organizar uma equipe para recepcioná-los, mostrar as dependências da instituição e apresentar os funcionários. Uma sugestão é propor que os estudantes mais antigos fiquem responsáveis por essa visita guiada. assim, os novos já começam a conhecer a turma.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Integração dos alunos

Estimule os novos estudantes a participar de grupos mistos, formados por alunos de diferentes anos. Essas equipes podem ser organizadas pelos próprios estudantes, de acordo com as áreas de interesse deles. Grupos de jardinagem, teatro e esportes são algumas opções.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Cuidado com os novatos

Quando ainda não conhecem os colegas, crianças e jovens que acabaram de chegar tendem a ficar mais retraídos. para evitar esse isolamento, é importante que a escola planeje atividades para momentos como o intervalo. nos primeiros dias, é bom também pedir que os educadores prestem atenção extra nos novatos para que não fiquem sozinhos.

Boas-vindas planejadas. Ilustração: Francisco Martins

Fonte:http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/volta-aulas-como-organizar-recepcao-alunos-




terça-feira, 29 de janeiro de 2013

* Deficiência Intelectual infantil



A Deficiência Intelectual é resultado, quase sempre, de uma alteração na estrutura cerebral, provocada por fatores genéticos, distúrbios na gestação, problemas do parto ou na vida pós-natal. O grande desafio para os estudiosos reside no fato de que, em grande parte dos casos estudados, essa alteração não tem sua causa conhecida ou identificada, e muitas vezes não se chega a estabelecer com clareza a causa da deficiência.
Geralmente, a família procura por um diagnóstico, quando detectam algumas características que diferenciam sua criança das outras, como por exemplo: o atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (a criança demora em firmar a cabeça, sentar, andar, falar) e a dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade no desenvolvimento escolar), entre outros. 
ATENÇÃO: Um único aspecto não pode ser considerado indicativo de qualquer deficiência.
Sempre que possível o diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, psicopedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais.
Segundo a Associação Americana sobre Deficiência Intelectual e do Desenvolvimento (AAIDD), a Deficiência Intelectual é caracterizada por uma limitação significativa no funcionamento intelectual e nos comportamentos adaptativos expressa em questões conceituais, sociais e nas atividades da vida prática. Esse funcionamento se origina necessariamente antes dos 18 anos. 
(AAIDD - http://www.aamr.org/)

Fonte: http://regianesouzaneves.blogspot.com.br/2013/01/deficiencia-intelectual-infantil.html

* Alfabeto Ilustrado em Libras



























Fonte: https://www.facebook.com/VidaEmLibras?fref=ts

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

* A Criança e a Dificuldade com a Separação dos Pais



Certos pais, depois da separação, conseguem permanecer como um casal no sentido de serem os pais dos seus filhos. Quando isto acontece, as crianças ficam favorecidas pelo bom relacionamento entre os pais. Por outro lado, em muitos casos de separações litigiosas, Dias (2010) argumenta que o desejo de um dos cônjuges de destruir o outro surge movido por um ódio arcaico e, muitas vezes, estimulado por profissionais que não buscam uma conciliação nesse momento de intensa sensibilidade e vulnerabilidade narcísica de ambos os ex-parceiros. Alguns deles recorrem à Justiça não medindo esforços para ferir o outro, usando todo tipo de argumentos, muitas vezes, distorcendo a realidade.  Os estudos sobre a família e sua influência no desenvolvimento dos filhos têm sido alvo de interesse de profissionais de diferentes áreas.

Para Ackerman (1986), a estabilidade da família e de seus membros está na dependência direta do padrão de equilíbrio e intercâmbio emocional, no qual o comportamento de um membro é afetado por todos os outros. Assim, segundo Dolto (1989), problemas na vida familiar, dentre os quais o divórcio, podem ter efeitos de diferentes alcances sobre a saúde mental da família e de seus componentes.

Segundo Dolto (1989, p.25), é essencial que os filhos sejam avisados a respeito do divórcio. A criança deve “ouvir palavras claras acerca das decisões tomadas por seus pais e homologadas pelo juiz ou por este impostas aos pais”. Quando isso não acontece, o silêncio em torno do divórcio pode provocar o sofrimento psíquico, uma vez que muitas crianças e adolescentes sentem-se culpados pelo divórcio dos pais, em razão das complicações dos encargos e responsabilidades que sua existência faz pesar sobre ambos os pais.

O divórcio dos pais pode ter um impacto muito grande sobre o desenvolvimento infantil, pois a separação destes representa, para uma criança, uma fase marcante da sua vida. Entretanto, dependendo do comportamento dos pais, essa fase de separação pode ser vivida de forma tranquila ou atribulada (SILVA, 2009).

Segundo Dias (2010), no âmbito das relações interpessoais, um fenômeno que não é novo, mas que é identificado por mais de um nome, tem sido alvo do interesse de psicólogos, advogados, assistentes sociais, dentre outros profissionais. Alguns chamam esse fenômeno de "Síndrome de Alienação Parental”; outros, de "implantação de falsas memórias".


A Síndrome de Alienação Parental (SAP), também conhecida pela sigla em inglês PAS, é o termo proposto por Gardner (1985) para a situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.

Autoras: Ana Carolina Yaegashi; Rute Grossi Milani

Fonte: http://psicologofurlaneto.blogspot.com.br

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

* TDAH – Como ajudar seu filho com os deveres de casa



Abaixo seguem algumas dicas sobre a criança com TDAH e a dificuldade de completar/realizar o dever de casa.

1 – Por que a criança com TDAH tem tanta dificuldade em realizar o dever de casa?

Para a maioria das crianças com TDAH, o dever de casa é motivo de desespero. Para as crianças que não tem o transtorno também não é fácil, mas elas não ficam horas lutando para terminar as tarefas passadas pelos professores. Todo o processo desde que o dever de casa é ditado ou entregue pelo professor até a hora em que ele é compreendido pelo aluno, é complexo e envolve comportamentos que são desafiantes para as crianças com TDAH.

Para começar, a criança deve ouvir, entender e anotar corretamente o dever de casa em seu caderno. Com a ajuda do professor, a criança deve saber quais itens (caderno, livro, apostila, etc.) ela deve levar pra casa e quais devem ficar na escola, caso haja essa possibilidade.

Quando chegar em casa, a própria criança deve dizer aos pais se o professor enviou tarefa para fazer em casa. Caso isso não aconteça, os pais devem checar a agenda e/ou o caderno da criança para ver se há alguma comunicação por parte da escola. Por ser uma tarefa tediosa e difícil para a criança com TDAH, muitas delas escondem o fato de que possuem dever de casa. Nesses casos, a verificação por parte dos pais torna-se mais importante ainda.

O próximo passo é a preparação para realizar a tarefa de casa. Aconselhamos sempre um local arejado, com boa iluminação e livre de barulhos e estímulos externos (como trânsito, outras crianças brincando, música, internet, etc.).

Logo após a preparação, vem a realização do dever de casa. A criança necessita prestar atenção, focar e resistir a distrações, além de um esforço extra para o que considera ser ‘’chato’’ e ‘’tedioso’’. É importante que ela faça o dever de casa com calma para que saia legível. A ajuda dos pais é essencial para que a criança aprenda com a tarefa que está realizando.

Todo o material escolar deve ser arrumado logo após a realização da tarefa. Guardar livros, apostilas, cadernos, folhas, etc., com antecedência é de extrema importância para que a criança não se esqueça de levar para a escola o dever completo.

2 – Atividades externas ajudam no dever de casa?

A televisão tem sido identificada como um dos muitos elementos distratores que causam problemas escolares nas crianças. Enquanto as crianças se aborrecem quando interrompem seus programas favoritos para fazer o dever de casa e/ou outras tarefas menos interessantes, ainda não existem estudos que comprovem o baixo rendimento escolar devido uso excessivo da televisão. Alguns estudos mostram baixo rendimento escolar de crianças que assistem TV até tarde, enquanto outros não mostram relação alguma.

Já as atividades extracurriculares chamam a atenção dos pais devido ao tempo que tomam enquanto as crianças poderiam fazer o dever de casa. Como a maioria das crianças com TDAH tem dever de casa e atividades extracurriculares, pode ser difícil dividir esse tempo em cada atividade. Estudos mostram que crianças que participam de atividades extracurriculares tem melhor desempenho escolar, especialmente se forem atividades que o aluno também pratique na escola. Porém, essa relação se torna ineficaz quando as atividades tomam todo o tempo da criança.

3 – Como posso tornar o dever de casa mais interessante?

Como sabemos, as pessoas com TDAH se entediam facilmente e dificilmente se motivam. Portanto, seja criativo quando for estudar ou fizer o dever de casa. Tente novos métodos de estudo e continue se reinventando.

Alguns relatos de pais de crianças com TDAH incluem a mudança do local de estudo. Por exemplo, em um dia ensolarado, estudar em um parque com pouco movimento, na varanda de casa, em um cômodo diferente, ou mostrar ‘’ao vivo’’ objetos para uma criança que está aprendendo novas palavras. Interpretar cenas históricas, pintar palavras em cartolinas e simular entrevistas também são bons exemplos.

4 – Como ajudar meu filho a se organizar?

Como a maioria das crianças com TDAH, suas mochilas e seus quartos estão frequentemente desorganizados. Dedique boa parte do seu tempo a ajudar seu filho na sua organização pessoal. Provavelmente você terá que ajudá-lo mais vezes do que acha necessário.

Na hora do dever de casa, ajude-o a organizar o material de forma que ele não se perca, assim como quando for arrumar a mochila após a tarefa. O uso de capas plásticas e identificação de matérias por cor são altamente recomendados.

As capas plásticas ajudam na organização do material, além de prevenir que nada se perca nem seja esquecido na hora de levar o dever feito para a escola.

Já as matérias escolares e seus materiais podem ser identificados por cores diferentes. Por exemplo: Se você escolher, junto com a criança, que a cor para matemática será amarelo, então compre (ou encape) um caderno amarelo, use lápis de cor amarelo, encape o livro com plástico/contact amarelo, etc. Assim ficará melhor para a criança se organizar, uma vez que as pessoas com TDAH se orientam melhor pelo estímulo visual. 

5 – Devo dar pausas durante o dever de casa do meu filho?

Como todo caso de TDAH, essa resposta depende de como a criança responde a essa pausa. Caso ela volte da folga normalmente e sem procrastinar, é válida a permissão do intervalo. Porém, se esses pequenos minutos de lazer causam mais problemas que alívio, eles devem ser evitados. Para a maioria das crianças com TDAH, uma simples interrupção pode significar uma enorme dificuldade na hora de voltar a fazer o dever de casa.

Ao invés de interromper o dever de casa, você pode fazer um pequeno ‘’descanso mental’’, dando pontos, ou pequenas recompensas como figurinhas adesivas ou doces. Conforme a criança vê o seu bolo de figurinhas aumentar e os seus deveres de casa feitos, o seu interesse pelas tarefas escolares também aumentará.

6 – Devo castigar meu filho quando ele não fizer o dever de casa?

Fazer o dever de casa já é difícil para a maioria das crianças que tem TDAH, que talvez elas escolhessem serem castigadas. Pais e psicólogos dizem que os castigos, alem de não se mostrarem eficazes, ainda pioram a situação.

Situações como deixar a criança sem jantar, não deixar que ela durma até que o dever seja feito ou bater, simplesmente não funcionam. Professores devem evitar colocar alunos com TDAH de castigo, sem recreio ou hora de almoço ou mandar para casa o dever de casa incompleto como uma tarefa extra.

Essas intervenções podem se mostrar úteis com alunos que não tenham TDAH, mas, com aqueles alunos que tem TDAH, esses métodos simplesmente não funcionam. A criança pode ficar traumatizada, e tarefas simples como terminar um dever de casa, podem se tornar um fardo pesado. Todas as pessoas necessitam de um tempo livre, com a família e com os amigos. Privar a pessoa com TDAH desse tempo livre é emocionalmente debilitante e apenas aumenta os problemas que ela pode ter. 

7 – Como os professores podem ajudar?

Os professores querem que seus alunos sejam vitoriosos e tentam ajuda-los de todas as maneiras. Um encontro com o professor no início do ano para acertar alguns pontos a respeito do seu filho é uma boa opção. Mas lembre-se: Os professores não gostam que você lhes ensine como fazer seu trabalho. Apenas sugira algumas ideias que ele possa aproveitar durante o ano letivo. Aqui vão algumas ideias:

Dizer explicitamente quando for hora de anotar a tarefa de casa
Anotar tarefa no quadro
Ler a tarefa em voz alta
Dar as lições usando um livro de tarefas
Anunciar em voz alta quando for o dia de entregar o dever de casa
Designar um aluno para recolher as tarefas
Dar adesivos, pontos, carimbos, etc., como incentivo quando um aluno completar a tarefa
Recolher as tarefas antes do sinal
Dar aulas usando tabelas/calendários para longas tarefas

Fonte: http://www.tdah.org.br/br/textos/textos/item/405-tdah-e-o-dever-de-casa.html

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

* Dislexia


A definição da dislexia para a Associação Brasileira de Dislexia,‘‘é uma dificuldade acentuada que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia.Não é uma doença, mas um distúrbio de aprendizagem.Ela torna-se evidente na época da alfabetização, embora mesmo com uma boa instrução, inteligência adequada, oportunidades sócio-cultural e sem distúrbios cognitivos, quando a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia independe das causas intelectuais, emocionais e culturais. É hereditária e ocorre com a maior incidência em meninos’’. O diagnóstico pode ser feito por meio de Exames de Imagem como:TC (tomografia Computadorizada), RMF (Ressonância Magnética Funcional); SPECT-(Tomografia por emissão de Fóton Único); PET: (Tomografia por emissão de Pósitron). Há casos de crianças que lêem e não escrevem, elas têm uma resistência maior, sofrem amais.Existe uma corrente que hipotetiza a ortografia como área mais prejudicada pelo disléxico e outra corrente acha que treina a ler,isto é, a leitura é menos prejudicada e escrita é mais difícil (gravar é mais difícil).Existe também a criança que lê muito bem mas não compreende nada (dislexia de compreensão). O diagnóstico da dislexia é clínico e o tratamento é educacional, o acompanhamento deve ser diário, semanal, mensal, ensinando a criança a ler de outra forma. A dislexia não é tratada com remédios. A compreensão é cientifica. Tem muitos cientistas estudando. Os tipos de dislexia: a adquirida (afasias, doenças após acidente hemorrágico, meningite, acidente de carro, não é hereditária e a segunda, de desenvolvimento visual (diseidética) e auditiva (disfonética) não decodifica foneticamente, ainda a terceira que é a junção das duas, a mista.As áreas atingidas são: linguagem oral, processamento fonológico, memória de trabalho. Aparece muitas vezes dos 8 aos 10 meses no início da compreensão das palavras e aos 15 meses quando adquire vocabulário expressivo.


COMO LIDAR COM UM DISLÉXICO: Em primeiro lugar identificar os pontos fracos e as áreas geradoras de problemas, descobrindo o estilo cognitivo predominante e realizar o tratamento.Em segundo, utilizar material concreto, além de papel quadriculado, fazer jogos com premiações e castigos.Utilizar rimas, músicas e repetições, ler em voz alta, fazer com que a criança leia em voz alta, a pratique a visualização dos problemas,use desenhos. Não complicar visualmente. É indispensável permitir o tempo para fazer exercícios.Usar cartões com linguagem usada na aula.Prestar atenção não apenas no resultado, mas no processo utilizado.Observe os acertos e não somente os erros, como o aluno chega aos resultados.


Conclui-se que existem pessoas nos dois extremos dos estilos; isto é, muitas pessoas podem usar dois estilos ao mesmo tempo.O estilo escolhido depende da dificuldade e tipo de questão.A estratégia compensatória utilizada vai depender do tipo de estilo dominante.Cada estilo é ligado a um hemisfério cerebral. Há mais minhocas que grilos.No hemisfério esquerdo domina a maioria das pessoas. As minhocas com memória deficiente são as que mais sofrem com a matemática.E as minhocas utilizam o hemisfério esquerdo. Se aceitarmos as hipóteses da dominância do hemisfério direito no cérebro disléxico, chega-se à conclusão de que uns grandes números de disléxicos são grilos.Os grilos são prejudicados no sistema de ensino por não documentarem seus processos, é necessário ensiná-los isto. Alguns exercícios favorecem a um ou outro estilo.Ter um estilo dominante não significa necessariamente que a criança tenha sucesso no uso. ‘‘Para o disléxico o difícil é fácil e o fácil é difícil’’.

Fonte: http://www.psicopedagogia.com.br


* O brincar como primeiro experimento do mundo e como linguagem da criança



Em tempos passados, brincar era algo natural para a criança. Brincavam e ninguém se preocupava com isso.  
Não se falava ou escrevia de suas atividades. Em nossa civilização, predominantemente técnica, a criança está perdendo cada vez mais a sua capacidade original de brincar.  
Certamente as crianças desejam brincar, como o fazem em todos os lugares do mundo e como fizeram sempre, pois brincar é algo inerente ao “ser” da criança.  

“O Brincar da criança é a manifestação mais
 profunda do impulso que conduz ao fazer,
 sendo que neste fazer, o homem tem a
 sua verdadeira essência humana.
 Não seria possível imaginar uma criança
 que não desejasse ser ativa, como o é
 quando brinca, pois o brincar representa a
 liberação de uma atividade que deseja se
libertar do cerne do ser humano”
Rudolf Steiner

Existem muitos adultos que, saudosos, se lembram dos tempos felizes de suas brincadeiras de infância. Certamente, um ou outro, por muito tempo, guardou na gaveta da escrivaninha ou do armário, alguma lembrança desta época.  
Inconscientemente, a criança inicia a conquista das noções de Espaço-Tempo-Mundo, por meio de brincar de pegar um objeto, deixar cair, jogar, ouvir o som dos objetos rebatendo no chão. Para muitos adultos, esta forma de brincar representa um forma de malcriação por parte da criança, que insiste em repetir incansavelmente esta brincadeira.  
Faz parte deste brincar, a participação ativa do adulto, abaixando-se, devolvendo o objeto.
A criança recebe este gesto com alegria imensa e a brincadeira continua para o desgosto de todos aqueles que não tem noção da grande vivência pela qual passa a criança.
Mais tarde, vem o brincar com os grandes ritmos e formas cósmicas: bolas, os balões, as bolhas de sabão, piões, cordas, balanço, etc.
Aprende também os quatro elementos: Terra-Água-Ar-Fogo.
As vivências com o elemento TERRA a criança tem com: areia, cinza, pedregulho, barro, argila, pedras de todas as formas e tamanhos. A criança brinca com prazer neste elemento, não se esquecendo de colocar bastante riqueza em seus bolsos.
Como são maravilhosas as vivências que a criança tem com o elemento ÄGUA, ao fazer flutuarem pequenos objetos, ao chapinhar e pular em poças d’água, barro, brejo, etc. E tudo isso sem a menor noção de que está se sujando. Está inteiramente entregue à sua exploração do mundo!
Quanto ao elemento AR, seu encantamento faz com que interiormente, acompanhe o flutuar, oscilar, pairar, voar dos fios de lã, bandeirinhas, móbiles, aviõezinhos e balões de papel de seda, etc. É quase impossível descrever o que uma criança sente quando faz subir uma pipa (quadrado).
Assim poderíamos ainda continuar descrevendo as vivências com o elemento FOGO.
A força inerente a este brincar singelo, aparentemente simplório, é de tal forma marcante, a este que a mera lembrança destas vivências pode ser tal qual uma ilha de calmaria e conforto no mar revolto de nossa vida como adulto.
O brincar infantil não é apenas uma “brincadeira superficial desprezível” pois no verdadeiro e profundo brincar, acordam e avivam forças da fantasia, que, por sua vez, chegam a ter uma ação plasmadora sobre o cérebro.
Este processo natural e sadio de "criar inteligência" não é possível quando as crianças não conseguem o brincar verdadeiro.
Inúmeras crianças vivem esta situação que podemos chamar de perigosa, em um mundo adulto cada vez mais hostil a elas.
De grande importância são as múltiplas vivências com plantas e animais, que também deveriam ser possíveis em moradias de uma criança grande. Estas vivências ajudam as crianças no seu entrosamento no nosso ambiente terreno.
Os pais que não tiverem outra possibilidade, deveriam pelo menos possuir alguns vasos com plantas, para que as crianças vivenciem o “crescer das plantas”.
É de importância fundamental colocar uma semente na terra e cheio de admiração e veneração observar as primeiras manifestações de vida da planta!
É ótimo Ter um animal, talvez gato ou cão, em casa. Mas, por outro, lado, pode-se  fazer muitas observações sobre animais em passeio, onde podem ser vistos pássaros, besouros, borboletas, etc.
Para que esses momentos surtam o efeito desejado é de suma importância que o adulto esteja voltado com todo o seu interesse, amor e calma interior para a criança e o que está sendo observado.
Evidentemente, “o mundo humano” tem o maior peso no brincar da criança. Este mundo é aprendido pela imitação e fixado na criança pelo brincar de casinha, respeitando os fatos corriqueiros da vida diária, tendo o seu ápice na primeira vivência que a criança tem de si mesma como um EU, vivência que muitas vezes encontra a sua expressão mais profunda no brincar com uma boneca, com a qual se identifica. Tudo isto devemos levar em nossa consciência em uma época da vida em que a procura do sucesso está pondo em perigo, a perder de vista, o HOMEM, a noção do seu verdadeiro “ser” e com isto cada vez menos tem a capacidade de Ter uma compreensão dos processos que transcorrem no interior de uma criança.
É por esta falta de compreensão que se conduz precocemente a criança para o âmbito do adulto, obrigando-a a se adaptar com todo o seu SER à vida dos adultos.
A criança não é um adulto em miniatura, cuja “usabilidade” para a indústria e o comércio precisa ser intensificada.
Quando a educação da criança se baseia no princípio da integração precoce ao mundo do adulto, então já não existe mais sensibilidade para uma legítima formação do ser humano, principalmente ao que se refere aos primeiros anos de vida, que são de importância fundamental para o seu desenvolvimento futuro.
Caiu no esquecimento que o brincar infantil é uma das formas básicas mais importantes e decisivas de formação do ser humano, ao abordar e ativar as forças criativas da criança. Poucos sabem dos malefícios dos brinquedos industriais produzidos em série, de gosto estético duvidoso. Geralmente se apresentam de tal forma, que as forças da fantasia da criança não encontram alimento, pois não há nada a completar, a imaginar e a proteger sobre este brinquedo.
As FORÇAS DA FANTASIA necessitam de LIBERDADE e de MORALIDADE para poderem se desenvolver.
Por esta razão, a criança pequena não deseja encontrar brinquedos prontos para que lhe reduzam as possibilidades por meio de uma pré-determinação de seu uso. Ela quer substâncias elementares da natureza, como já mencionado: Água, areia, pedras, conchas, folhas, cascas de árvore, grama, sementes, pinhas, penas, etc.; com as quais podem dar vazão a seu mundo de fantasia, plasmando e construindo a partir daquilo que se encontra em seu interior.
Quem já observou uma criança profundamente envolvida em seus afazeres no jardim, com uma poça d’água, com areia e pedra, dançando por entre árvore, trepando em restos de um muro caído, amassado e rasgando papel num canto da sala, amontoando caixas vazias, vivenciando as formas cilíndricas de um rolo de papel higiênico, certamente reconhecerá  o que significa para ela brincar cheio de vida. São mundos que a criança descobre, observações que a marcam de forma significativa para toda a sua vida. Pelo manuseio destes diversos materiais, aprende por si só sem nosso ensinamento, importantes leis fundamentais da vida e do mundo. Aprende, por exemplo, o que significa: duro-mole, áspero-liso, maleável-elástico-móvel, em cima-embaixo, atrás-na frente, direita-esquerda, perpendicular-horizontal, equilíbrio-desequilíbrio, quente-frio, leve-pesado. 
Faz vivências com todo o seu ser, sem ter noção de conceitos abstratos ou denominações, que para nós, adultos, são corriqueiros, mas que por outro lado nos dificultam a experiência pura e objetiva dos fatos.
Pelo manuseio ativo dos materiais, a criança vivencia de forma elementar o mundo, as formas e qualidades de tudo o que existe.
A criança ainda está ligada intimamente a tudo, vive totalmente o que a rodeia, não se distanciando dos objetos ou seres, como faz o adulto, que sempre se sente confrontando com o mundo que o rodeia.
Esta individualização é um passo que a criança dará lentamente e que deverá dar sozinha, necessitando de tempo para isso!!!
Devemos aprender a Ter paciência, OUVIR e VER o que se expressa no brincar da criança pequena, sem interferir, pelo julgamento do nosso intelecto, que não tem acesso a esse mundo, dirigindo e desencadeando estes momentos.
Nós nos tornamos servos, secos e frios em relação a esse mundo criativo, original e cheio de forças plasmadoras, que são tão importantes para a verdadeira vida.
Sempre estamos exigindo ordem e limpeza, qualidades muito valorizadas numa sociedade progressista, mas que no brincar das crianças deveriam, conscientemente, encontrar seus devidos limites. (“É tão cômodo deixar as crianças em frente à TV!”)
Ordem e limpeza são conceitos secos do mundo adulto e na realidade são os maiores inimigos da fantasia infantil!
Não tenhamos uma "vertigem" ou um acesso de desespero ao vermos nossos "queridos" chegarem em casa com respingos de tinta, barro pelo corpo todo, as mãos sujas, os cabelos em desalinho ou até mesmos com furos na calça. Pelo contrário, sintamos seu coração palpitando de alegria, seus olhos brilhando, as faces coradas que nos contam: "Veja, estive em outro mundo, um mundo do qual há bem pouco tempo atrás ainda fazia parte".
Poucas pessoas conseguem participar deste paraíso infantil, participar desta felicidade da criança e penetrar neste reino.
Que choque para o "ser" infantil, quando, por meio de um comportamento severo do adulto, é arrancado do rico mundo da fantasia e sonho e é bruscamente empurrado para a realidade do mundo adulto.
Com isso, o prazer original do brincar vai se transformando em timidez e medo, implantando-se o germe de doenças futuras, deformações anímicas e criando-se, finalmente, as raízes do mal na criança.
A atualidade nos fornece provas suficientes para esse desenvolvimento. Criminalidade, uso de drogas, álcool, terrorismo são a conseqüência, entre outras coisas, de um não brincar adequado na infância.
Deveríamos tentar não destruir o brincar da criança nos primeiros sete anos de sua vida, antes que comece a seriedade da vida escolar.
Devemos procurar manter um espaço dentro do tempo e do espaço físico para que ela possa, pelo brincar imitativo, encontrar o seu caminho dentro do mundo e, também, encontrar-se a si mesma.
Quando, por exemplo, com uma colher de pau, alguns trapos coloridos, papel, pincel e cores, rolhas, lã, bolinha de algodão, etc.; a criança consegue construir o seu mundo, que representa uma síntese das vivências que imita do ambiente exterior, com as representações de sua fantasia, então, realmente, estará brincando!!!
Quando a criança molda figuras na areia molhada ou em cera de abelha, de acordo com sua capacidade, ou com o lápis ou pincel, cria as suas obras, que ainda não tem sentido nem finalidades, apenas as cria pela alegria do FAZER. Então, deveríamos deixá-la fazer sem interferir.
A criança deseja experimentar e vivenciar este mundo novo para ela.
O autodesenvolvimento natural da criança será pelo brincar livre.
Baseado no brincar livre é que a criança vai estruturar futuramente sua capacidade de julgamento, capacidade de fundamental importância nos dias atuais.
Quando transpomos o nosso pensar intelectual utilitarista para o mundo infantil, provocamos na criança um comportamento adulto precoce.
É necessário apenas um pequeno passo para que este comportamento da criança precocemente adulto se transforme em um comportamento desumano.
O brincar feliz da infância, num lar harmonioso, certamente será o que de melhor, e mais precioso uma criança poderá levar consigo para a sua vida futura. Com isso conseguirá forças valiosas que levará para um mundo no qual, dia a dia, torna mais difícil a sobrevivência da alma íntegra, da livre iniciativa e da auto-afirmação do EU.
 Maria Bárbara Trommer Texto baseado em: DAS SPIEL ERSTE
 WELTERFAHRUNG UND SPRACHE DES KINDES
Ursula Anders, Elternbrief, Abril, 1982

Fonte: http://topediatrica.blogspot.com.br/

* Lugar de criança dormir é no quarto e na cama (dela!)



Algo muito comum nas famílias com filhos é o fato de estes dormirem junto aos pais. Geralmente esse hábito se inicia após o nascimento, quando o bebê precisa de monitoramento mais próximo, sobretudo no período noturno. No entanto, não é incomum esse hábito se estender a outras fases do desenvolvimento, como a adolescência. Independente do lugar em que os filhos dormem – se na mesma cama ou no mesmo quarto dos pais – há um consenso a respeito da dificuldade em que os adultos enfrentam em fazê-los dormirem sozinhos, que muitas vezes é proporcional ao tempo em que dormem sob a companhia dos pais.

De fato, é extremamente prazeroso ter um filho por perto, sobretudo se este for um bebê. Dormir junto com uma criança é tido como um dos grandes prazeres dos pais: é algo pequenino, inocente, cheiroso e macio, algo por quem se nutre um grande afeto, um ser que traz consigo não só os genes, mas a história do casal. Fazê-lo permanecer por perto é desfrutar de tal prazer continuamente, ali, diante dos olhos e ao alcance das mãos.

Analisando melhor a situação, pode-se perceber que pernoitar com filhos tem outras funções. Agindo assim, é possível reduzir o tempo do choro noturno – ávido pela amamentação ou por colo materno diante de um pesadelo – diminuir o esforço físico de se levantar e de se dirigir até o filho (enfrentando calor ou frio), além de se evitar o desgaste em lidar com a (suposta) resistência da criança em ficar longe dos pais e vice-versa.

Ao passo disso, é possível afirmar que a criança também sente prazer ao lado dos pais: há o conforto da companhia, a segurança que lhe é sentida (que muitas vezes afasta medos infantis), o próprio contato – que muitas vezes lhe falta durante o dia – também são fatores extremamente satisfatórios para ela.

Embora tal contexto traga várias consequências “positivas” para todos os envolvidos, podem ocorrer diversas complicações no desenvolvimento e à adequação infantis. Muitas vezes, quando a criança cresce, os pais tentam colocá-la de volta ao seu quarto e, diante de sua resistência, permitem que ela durma em suas companhias mais uma vez. Esta inconsistência dos limites, que não ocorre de forma contínua, faz a criança entender que sempre há uma possibilidade de permanecer junto a eles. Não é incomum, também, encontrar crianças que tem seu sono perturbado por pesadelos ou por imagens de terror no próprio quarto, situações que favorecem a busca infantil pelo colo paterno na madrugada.

Verificar apenas o comportamento de dormir junto aos pais, na verdade, é algo muito limitado. É possível constatar que este comportamento é apenas um que se manifesta no padrão de dependência. Pais que não se sentem confiantes em deixar suas crianças por um momento longe de seus olhos muitas vezes são aqueles que podem proteger em demasia a ponto de provocar um atrofiamento do repertório de habilidades sociais e das atividades diárias. À medida que a criança cresce, ela desenvolve autonomia em suas ações rotineiras (comer, vestir-se e se limpar, por exemplo); então, nada mais natural que também gerar maturidade ao pernoitar sem a presença dos pais ou cuidadores.

Além disso, também existem implicações para a intimidade do casal. Caso os cônjuges estejam privados de afeto e de sexo ao longo do dia, muito provavelmente o momento de dormir seja aquele em que se dará a intimidade sexual. Assim, como os cônjuges farão para preservar este momento, sem que ele possa ser presenciado por outra pessoa? Na cama, é importante que o casal seja visto como tal, não essencialmente enquanto pais. A intimidade do casal precisa ser reservada e, de certa forma, a presença de crianças pode colocar isso a perder. É de se supor, também, que a manutenção do filho junto aos pais durante o pernoite possa ser visto como uma justificativa e uma barreira para a intimidade em casais que não estão bem.


Cabe destacar que também se observa que a ausência do cônjuge torna mais propícia a companhia do filho na cama. Em casos de viuvez ou de separação, ter a prole por perto pode trazer conforto e ameniza a solidão. No entanto, simbolicamente faz a criança ocupar um espaço que não lhe pertence exatamente, fato que ficará mais claro quando o cônjuge solitário for se unir a outra pessoa. Este pode resistir em constituir outra família em virtude da criança que dorme consigo, com receio de magoá-la ou para evitar resistências quanto a dormir em outro local.

Existem algumas orientações que são válidas neste momento. A primeira delas diz respeito ao período em que crianças podem dormir sozinhas. Acredita-se que aos 6 (seis) meses ela pode dormir sozinha, sob monitoramento noturno dos pais quanto à amamentação e bem-estar geral (temperatura, conforto e segurança). Recomenda-se que os pais se revezem nesta tarefa, para minimizar o efeito aversivo do deslocamento até o quarto do filho e dos cuidados noturnos.

Cabe destacar que o momento de dormir deve ser prazeroso para pais e filhos. Pode-se contar histórias, cantar, ouvir juntos cantigas de ninar, conversar sobre o dia ou sobre um assunto específico. O ideal é que isso seja circunscrito no ambiente natural da criança, ou seja, no seu próprio quarto, ao invés de se iniciar no quarto do casal e terminar com os pais conduzindo a criança, já adormecida, ao seu aposento.

Também é válido organizar a rotina e o ambiente para criar contextos favoráveis ao sono solitário. Assim, estipular um horário para a criança dormir e fazer o restante da casa adormecer (por exemplo, desligar aparelhos eletrônicos e luzes dos aposentos, diminuir o movimento na casa, entre outros), assim como eliminar estímulos distratores dentro do quarto infantil (como desligar as luzes, deixar a porta entreaberta ou proporcionar uma penumbra através do abajur) são dicas salutares que tendem a um bom resultado.

Outra dica se refere ao afastamento gradual [1] dos pais enquanto se ensina a criança a dormir sozinha. Por exemplo, no início do processo, os pais podem permanecer deitados sob a cama, junto do filho, saindo de lá quando a criança adormecer. Após alguns dias agindo assim, quando os pais perceberem que podem se afastar mais, ao invés de ficarem deitados, podem ficar sentados, interagindo com a criança. Diante de sucessivos episódios, podem ficar no quarto do filho em pé e também se direcionando gradativamente cada vez mais para o rumo da porta, até as suas completas saídas.

Como já dito exaustivamente aqui no blog [2], é importante que, uma vez estabelecidos os limites, os pais possam sustentá-los mesmo que o filho venha a resistir. Obviamente, existem exceções que precisam ser avaliadas com cautela, como uma doença, medo ocasional por algum evento específico (como falecimento de alguém) ou mal-estar súbito, casos em que seria necessário avaliar a pertinência de a regra ser mantida. Caso seja relevante suspender a regra momentaneamente, deve-se explicar à criança por qual motivo ela foi burlada, limitando a concessão a este episódio específico.

Diante de limites, é natural haver resistência da criança em aceitá-los. Ela, provavelmente, desafiará através da birra ou dos insistentes pedidos em dormir com os pais pelo medo de ficar sozinho. Deve-se verificar a função destes comportamentos: algumas vezes eles podem ser emitidos apenas com a finalidade de permanecer junto aos pais. Caso haja verbalizações da criança quanto a ficar sozinho e ver/ouvir coisas, uma boa alternativa é verificar, junto com o infante, a veracidade desses fatos: ir ao quarto junto com ela e buscar evidências (debaixo da cama, no armário, dentro das gavetas, entre outros) de que tal situação não procede, assegurando que a criança está em segurança e que os pais podem ficar com ela (no quarto dela) até que adormeça novamente.

É possível que quando houver mudança de casa ou quarto (como em viagens, por exemplo) a criança volte a apresentar tais padrões. É importante dizer que, mesmo nesses casos específicos, a conduta deve ser a mesma: permanecer com a criança no novo ambiente, favorecendo a sua adaptação e esvanecendo aos poucos a presença dos pais. Recomenda-se também que os pais reconheçam cada conquista da criança, demonstrando satisfação quanto à sua superação do medo (“estou feliz por você!”), atribuindo-lhe um prêmio simbólico pela superação (“troféu coragem” ou similar).

No cotidiano verifica-se o quanto o ser humano tende a evitar situações que exigem um esforço (e um desgaste) na resolução de problemas, sobretudo quando as conseqüências são aversivas. Apesar de parecer à princípio que o comodismo é mais válido nesse caso, na verdade é mais fácil e saudável o adulto quebrar a sua zona de conforto agora do que ensinar a criança dormir no seu próprio quarto, quando esta já estiver maior e com o padrão mais cristalizado.


Fonte: http://psicoterapiacomportamentalinfantil.blogspot.com.br

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

* Disgrafia


A disgrafia é um disturbio da habilidade de escrever

A Disgrafia é uma dificuldade do aprendizado que como a dislexia afeta um número considerável de crianças e jovens no Brasil e no mundo. Ela é vista como um empecilho para o desenvolvimento das habilidades relativas a escrita, especialmente nas crianças. E por ser um transtorno da escrita ela pode acabar prejudicando o desenvolvimento educacional e pessoal do estudante se não for tratada a tempo.

É importante saber que a disgrafia pode ser de dois tipos: a disgrafia motora e disgrafia perceptiva. A disgrafia motora é caracterizada pelo disgráfico saber o que quer escrever mas não consegui realizara ação. Já a disgrafia perceptiva, envolve a habilidade da pessoa ser capaz de perceber a diferença entre símbolos da escrita, e por isto, ela está mais ligada a disortografia. Diferentemente da disgrafia, a disortografia não afeta a escrita das palavras mas sim a posição e ordem de seus elementos. Este é o caso da criança que frequentemente troca as letras das palavras.

Entre os principais sintomas da disgrafia estão:

Lentidão na escrita;
Letra ilegível;
Traços irregulares;
Problemas com organização espacial;
Problemas com a separação correta das palavras.

Outros sintomas da disgrafia

A disortografia é um pouco diferente da disgrafia

Os disgráficos frequentemente costumam inverter as sílabas das palavras, omitir letras, escrever letras espalhadas, além disto, eles também costumam segurar o lápis ou a caneta de forma diferenciada enquanto escrevem. Assim para um disgráfico escrever um texto ou copiar frases em uma folha de papel, pode ser uma tarefa não só estressante mas também cansativa. Então, fica mais fácil entender como por causa do contínuo fracasso em realizar tarefas causado pela disgrafia, uma criança pode desenvolver insegurança, baixa autoestima e desinteresse pelos estudos.

Tratamento da disgrafia

Exemplo de disgrafia

Para se resolver o problema da disgrafia é recomendável a busca por um acompanhamento individual complementar. Esta solução inclui um programa educativo individual ou P-E-I. Que como o próprio nome indica é desenvolvido para cada criança. O tratamento da disgrafia incluir a estimulação linguística global, através de um acompanhamento multidisciplinar.

Quem participa do acompanhamento multidisciplinar para disgrafia?


Alguns dos profissionais especialistas que podem participar desse acompanhamento multidisciplinar são: psicólogos, pedagogos, neurologistas e fonoaudiólogos. Na escola, os disgráficos também podem se beneficiar de avaliação com uma maior ênfase na expressão oral. Neste processo é muito importante contar com apoio de professores e familiares. É também importante que estes professores e membros da família procurem evitar repreender a pessoa disgrafia e façam de tudo para exercer uma influência positiva em sua evolução.


Fonte: http://dislexiaemadultos.com/disgrafia/