terça-feira, 29 de maio de 2012

* Como ocorre o desenvolvimento da lateralidade?



A coordenação bilateral é importante para a lateralidade ser estabelecida.
As habilidades de coordenação bilateral começam a surgir na primeira infância.Os bebês usam as duas mãos, e se movem as mãos juntas para explorar ou tocar alguma coisa. Movendo as duas mãos ou ambas as pernas juntas, como isso é chamado de movimento simétrico.
(Se o seu bebê seis a nove meses não move as mãos juntas como este, e tende a deixar uma mão completamente. consulte o seu médico ou pediatra com urgência)
Alguns exemplos de movimentos simétricos que vemos nas crianças mais velhas são (bater palmas,pular.)
Enquanto o bebê cresce e se desenvolve, ele aprende a engatinhar, e, desta forma, ele aprende a usar cada lado do corpo de uma forma rítmica, primeiro um lado e depois o outro.Estes são movimentos recíprocos.


Uma parte importante do desenvolvimento de um bebê é a oportunidade para desenvolver a coordenação bilateral boa preparação para a lateralidade.

Conforme a criança cresce e se desenvolve, mais competências recíprocas, como caminhar, correr, escalar e andar de triciclo.Ambos os lados estão fazendo a mesma tarefa, de um lado ao mesmo tempo.Usando as mãos para puxar a corda é um bom exemplo de coordenação bilateral de reciprocidade das mãos.





Aos 2-3 anos,a maioria das crianças atingiram uma preferência manual e já desenvolveram esta habilidade para cruzar a linha média.

Cruzamento da linha média

Este termo é usado para descrever a ação que ocorre quando uma mão atravessa o centro do corpo para o outro lado, sem mudar o corpo inteiro. Aqueles que têm dificuldades com isso tendem a deslocar o corpo para o lado, ou fazer a atividade com a mão mais próxima do objeto, independentemente da dominância manual.

Cruzando a linha média significa que uma mão se move espontaneamente até o outro lado do corpo. Nesta foto, a criança apoia a mão esquerda e move a sua mão direita. Isso é chamado de cruzar a linha média. A criança tem uma boa dôminancia manual para lado direito(destro).



Antes de desenvolver esta habilidade de cruzar a linha média.

Você deve ter notado que o seu filho tende a usar a mão esquerda no lado esquerdo do corpo e a mão direita no lado direito do corpo.Então, se ele está construindo uma torre com blocos com todos os blocos na frente dele, ele vai pegar as peças do lado esquerdo com a mão esquerda, e as peças do lado direito com a mão direita.E enquanto desenhar ou colorir,ele pode mudar espontaneamente as mãos para colorir o outro lado. Isso é normal para as crianças pequenas(antes 2-3 anos).
No entanto,o desenvolvimento da criança correto da lateralidade cruzando a linha média é uma competência já estabelecida por volta 2-3 anos.
Isso significa que a criança precisa espontaneamente cruzar a linha média com ambas as mãos.
Isso permitirá que a mão dominante começa a praticar para se tornar hábil,veloz e precisa.
Se o seu filho evite cruzar a linha média, em seguida, usa ambas as mãos para escrever,desenhar,colorir,uso dos talheres. A lateralidade do seu filho pode ser aparentemente atrasado.

Fonte: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br/search/label/Como%20ocorre%20o%20%20desenvolvimento%20da%20lateralidade%3F



* Brincadeiras de Imitação para crianças Autistas



- Em todas as brincadeiras, os olhos do adulto deverão estar no mesmo nível do olhar da criança. 
- “Vou pegar nome da criança”(frases curtas e simples) - brincar de “pegar”, fazer cócegas, abraçar. Repetir várias vezes e parar. Se a criança , de alguma forma, pedir que o adulto repita a brincadeira, o adulto deve repetir. 
- Soprar bolas de sabão ,balão
- Pião – demonstrar para a criança, repetir, parar, esperar que ela peça por mais. No início, aceitar qualquer tentativa de comunicação. 
- Brinquedos com sons / luzes – deixar a criança explorar, depois brincar com ela, em turnos. 
- Fantoches de animais – o adulto deve fazer uma voz diferente; imitar o som do animal; dizer o nome do animal. O fantoche beija a criança, abraça, se esconde, dá tchau, bate palmas. 
- Músicas - aproveitar o interesse da criança e dançar com ela, segurando suas mãos, pulando, balançando
( se a criança mais tarde imitar os seus, ótimo !). 
- Bola – jogar ou rolar para a criança e ensiná-la a jogar/ rolar a bola de volta (talvez sejam necessários dois adultos) . Quando ela souber jogar para outra pessoa, jogar outros brinquedos, como carrinhos. 
- Livro - mostrar figuras , apontando para a figura e para a criança, sucessivamente. 
- Surpresa! – coloque vários objetos/ brinquedos num saco e ao retirá-los, exagere a surpresa. Quando a criança se interessar, ela e o adulto retiram em turnos. 
- Surpresa! 2 - esconda objetos/brinquedos pela casa e procure-os com a criança. Quando encontrá-los, exagere a surpresa. 
- Imitar a criança em brincadeiras menos óbvias ( aqui também são necessários dois objetos ) : falar ao telefone, colocar o boné, colocar um objeto na cabeça, pentear o cabelo, brincar de “comidinha”etc. 
- Brincar com bonecos – dar comida, banho, pentear, colocar para dormir, sentar na cadeira, entrar na casa, sair etc.

Fonte: Monica Accioly – Mão Amiga
Fonte: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br/search/label/Brincadeiras%20de%20Imita%C3%A7%C3%A3o%20para%20crian%C3%A7as%20Autistas

* 4 dicas para o dia a dia da criança autista



1. Trabalhe para a independência de seu filho. 

Incentive seu filho a se vestir sozinho. Uma técnica muito utilizada é começar deixando apenas o último passo para ele. Se estiver ensinando a vestir uma camiseta, coloque tudo e deixe apenas que ele puxe para passar a cabeça; se for uma calça, coloque as pernas e deixe que ele a puxe até a cintura. Assim ele entenderá que a ação era vestir a peça. Vá retrocedendo em pequenos passos até que ele execute a ação de forma inteiramente independente.
Incentive-o também, da mesma forma, a se servir, comer, beber e assim por diante.
Ao fazer isto, fique calma e elogie tranquilamente cada pequeno avanço. Não fale mais que o necessário e evite irritar-se com pequenos retrocessos. Pense que neste momento você é mais que um pai e uma mãe. Você é um pai ou uma mãe que está cumprindo um papel muito importante para seu filho.

2. Estabeleça rotinas que facilitem a organização de seu filho.

A criança autista tem uma tendência muito grande a se fixar em rotinas. Você pode utilizar isso a favor da tranquilidade da mesma. Por exemplo, para organizar uma boa noite de sono, em horários pré-fixados, dê o jantar, o banho, vista o pijama, coloque-a na cama e abaixe a luz. A ordem pode ser esta ou alguma outra um pouco diferente, de acordo com sua preferência.
Nada melhor para enfrentar um dia duro de trabalho que uma boa noite de sono. E uma rotina para encerrar o dia funciona bem para a maioria das pessoas.
Mas tente fazer isto de uma forma natural para encerrar o dia de seu ilho, e não um ponto de atrito entre membros da família.

3. Ensine seu filho a quebrar rotinas.

Faça pequenas mudanças na vida diária, no começo de preferência uma de cada vez. Mude o lugar de seu filho à mesa, tente variar a comida, colocar a TV em um canal que não seja o preferido dele, mude o caminho de ir à escola. As rotinas não são imutáveis, e é melhor que seu filho aprenda isto desde cedo.
Você pode achar paradoxal, mas ao mesmo tempo em que a rotina é importante, é importante também aprender a aceitar mudanças.

4. Frequente locais públicos com seu filho.

Se seu filho é pequeno, dê preferência a parques públicos onde ele possa brincar em atividades necessárias para qualquer criança - principalmente para ele - como escorregar, balançar-se, pendurar-se, etc.
Se ele for maior, faça caminhadas em parques, será muito bom tanto para você quanto para ele. É importante frequentar locais públicos com seu filho, mesmo porque algumas vezes isto é inevitável. Se você tiver oportunidade de organizar-se neste sentido, depois de algum tempo vai perceber que realmente valeu a pena.

Fonte: Autismo - Guia Prático (Ana Maria S. Ros de Mello)
Blog  http://www.soumaedeautista.blogspot.com


* Coordenação Motora Grossa e Fina



A coordenação motora da criança é estimulada desde cedo, mesmo que involuntariamente, ou seja mesmo que os pais não tenham esta consciência. Através de movimentos com as mãozinhas para pegar objetos, depois os primeiros passinhos, o rastejar no tapete, tudo isso engloba o desenvolvimento da coordenação motora. 
Já em fase pré-escolar a coordenação é ‘treinada’ em atividades especificas para a idade, como exercicios motores de desenhos, simbolos, etc. 
Para compreender melhor o significado da coordenação motora veja abaixo uma explicação mais detalhada:

Coordenação motora é a capacidade de coordenação de movimentos decorrente da integração entre comando central (cérebro) e unidades motoras dos músculos e articulações.

Classifica-se a coordenação motora em dois grupos.



- Coordenação motora grossa

Este tipo de coordenação permite a criança dominar o corpo no espaço, controlando os movimentos mais rudes.
Ex: andar,correr,saltitar,pular,subir/descer escadas,rastejar, etc.


- Coordenação motora fina

É a capacidade de usar de forma eficiente e precisa os pequenos músculos, produzindo assim movimentos delicados e específicos. Este tipo de coordenação permite dominar o ambiente, propriciando manuseio dos objetos. Ex:escrever,pintar,desenhar,recortar,encaixar,
montar/desmontar,empilhar,costurar,abotoar/desabotoar e digitar.

Fonte: http://johannaterapeutaocupacional.blogspot.com.br/2010/01/coordenacao-motora-grossa-e-fina.html


* Coordenação Motora


A coordenação motora é o conjunto harmonioso de movimentos, mais ou menos instintivos relacionados com o desenvolvimento físico. A coordenação supõe integridade e maturação do sistema nervoso.

Este tipo de coordenação pode ser subdivido em coordenação dinâmica global ou geral, visomanual ou fina e visual.

A coordenação dinâmica global ou geral envolve movimentos gerais com todo o corpo (cabeça, ombros, braços, pernas, pés, tornozelos, etc.), fazendo com que vários grupos musculares actuem ao mesmo tempo para executar movimentos voluntários complexos.

A coordenação visomanual ou fina refere-se a movimentos dos pequenos músculos, por exemplo ao executar actividades que impliquem os dedos, as mãos e os pulsos.

A coordenação visual engloba movimentos específicos com os olhos nas mais variadas direcções.

Fonte: http://educamais.com/coordenacao-motora/

segunda-feira, 28 de maio de 2012

* Sugestões de Músicas 04

NARIZINHO: Ivete Sangalo

Narizinho, narizinho
Sonha, sonha com amigos
Uma fada brasileira
De agrados e castigos
Sonhando abri a porta
Do reino das águas claras
Um céu de estrelas marinhas
Um chão de conchas raras
Uma aranha sobe e desce
Vem e tece o seu vestido
Com as cores do pedido
Felicidade brilhante
A boneca, já falante
Lhe foge entre os dedos
Nastácia, o pesadelo
De acordá-la sempre antes
Os heróis de outras histórias
Tão cansados e inocentes
Vão deixar as suas glórias
Pra viver junto da gente




VALSA  DA BAILARINA: Xuxa

A valsa da bailarina
A gente aprende
A gente ensina
A valsa da bailarina
É pro menino
É pra menina

Fique na ponta dos pés
Ponha os braços pra cima
Tente dar a volta inteira
Não dê bobeira
Pra não cair

Essa valsa é pra dançar
Com o som de uma orquestra
Todo mundo no compasso
Não perca o passo
Pra não cair

A valsa da bailarina
A gente aprende
A gente ensina
A valsa da bailarina
É pro menino
É pra menina

O balet foi um sucesso
A platéia bate palma
Todo mundo tá gostando
Não tá deixando
O balet sair

As meninas gritam "bis"!
Os meninos gritam "bravo"!
Meus senhores e senhoras
A valsa agora vai repetir

A valsa da bailarina
A gente aprende
A gente ensina
A valsa da bailarina
É pro menino
É pra menina


SOU A MÔNICA: Turma da Mônica

Sou a Mônica, sou a Mônica
Dentucinha e sabichona
Sou a Mônica, sou a Mônica
Tão teimosa e tão mandona

Quando diz que sim, quando diz que não
Mostra ter opinião
Vivo sempre falando e brincando
Na sua imaginação

Ela inventa tudo que é brinquedo
Com a turminha gosta de brincar
Se as meninas tem algum segredo
Logo vêm correndo a me contar

Se alguém sorrir, se alguém sorrir
Para a nossa turma pode vir
Se alguém chorar, se alguém chorar
Estou sempre pronta a ajudar

Mas se algum menino me contrariar
Vou mostrar que eu não sou boba não
Vou lhe dando uma coelhada
E ele vai até cair no chão.




* Crianças com Down interagem bem no ambiente escolar


Interação na escola é semelhante

Pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP concluiu que crianças com Síndrome de Down apresentam características de interação social muito semelhantes as das crianças com desenvolvimento típico, ou seja, sem compromentimento motor, cognitivo e sensorial. O resultado do trabalho da terapeuta ocupacional Patrícia Páfaro Gomes Anhão reforça a importância do processo de inclusão escolar desta população e pode dar tranquilidade aos pais dessas crianças.

Na foto, o retrato fotogáfico, no detalhe dos olhos de uma criança com síndrome de Down

Na foto, o retrato fotogáfico, no detalhe dos olhos de uma criança com síndrome de Down

A pesquisa foi realizada com seis crianças com diagnóstico de Síndrome de Down e outras seis com desenvolvimento típico, por meio de quatro baterias de filmagens de quinze minutos cada, no ambiente de cinco escolas diferentes da rede municipal de ensino em Ribeirão Preto. As crianças foram filmadas em sala de aula e ambientes de lazer e recreação. Foram analisadas as habilidades sociais das crianças dos dois grupos, sempre comparando uma de cada grupo, do mesmo sexo e idade.
As habilidades foram divididas em dois grupos. As interpessoais, que é a interação com outra criança, com o adulto, com objetivos, disputa de atenção da educadora, ocorrência de brigas ou agressões, a existência de autodefesa, o estabelecimento de contato inicial com outras pessoas, o brincar junto, mas com objetos diferentes e com o mesmo tipo de objeto. Outro grupo analisado foi de habilidades de autoexpressão, como o choro, riso, ficar sozinho, cantar, imitar outras crianças e imitar a educadora ou pais.
Na análise comparativa a pesquisadora observou que as crianças com Síndrome de Down só se diferenciaram do grupo com desenvolvimento típico em dois comportamentos. Elas imitaram outras crianças com maior frequência. “Eles observam e copiam mais, mas de um jeito próprio. Esses resultados condizem com o que já foi descrito na literatura”.
Quanto ao comportamento de estabelecer contato inicial, o grupo com desenvolvimento típico apresentou maior frequência. Segundo a pesquisadora, que trabalha no Setor de Estimulação Precoce da APAE, em Ribeirão Preto, isso ocorreu, talvez, pelo fato de as crianças com Síndrome de Down serem mais passivas. “Outros treze comportamentos analisados não apresentaram diferenças significativas”.

Garantias
Patrícia diz que a idéia inicial da pesquisa era ajudar os pais a entenderem porque seus filhos precisaram do ensino regular e não só do ensino especial. O processo de inclusão teve início com a Constituição de 1988. Após a Constituição, o Brasil, em 1994, se tornou também signatário da Declaração de Salamanca, Espanha, que surgiu durante a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais. Nessa Declaração ficou enfatizada a necessidade de transformação dos sistemas educativos visando atender a todas as crianças, jovens e adultos, contemplando as suas características e necessidades.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, publicada em 1996, em seu artigo 58, reforçou o que garantia a Constituição. E em 2007, o governo Federal lançou o Plano Social que previa a adaptação das escolas públicas visando a inclusão dos portadores de deficiência até 2010. “Quando nós, profissionais, nos deparamos com esse processo precisamos explicar aos pais sobre a necessidade de inclusão dos seus filhos no ensino regular e não só do ensino especial. Vimos toda a aflição desses pais. Dai surgiu a idéia da pesquisa, pois a interação é a primeira fase desse processo. Esse processo, apesar de já ter se iniciado há quase 15 anos, ainda causa medo e angústia.”
A pesquisadora lembra que existem outros trabalhos sobre interação social de crianças com Síndrome de Down, mas o seu é o primeiro com essa faixa etária. “Na literatura médica existem outros trabalhos de pesquisa sobre interação de crianças com Síndrome de Down, mas matriculadas no ensino fundamental. Os resultados foram diferentes. Nessa faixa etária a interação social é reduzida e compartimentalizada. Mas levando-se em conta que o adolescente tende mesmo a reduzir seu círculo de amizades”.
Para concluir, a pesquisadora lembra que o processo de inclusão é um desafio tanto para as crianças com necessidades especiais, como para seus colegas e professores.

“A inclusão não é só para o deficiente, é para todos que têm algum tipo de dificuldade. Esse é o repensar da educação, em todas as suas situações, é um processo de formação de cidadãos”, avalia.

“A pesquisa constatou que eles podem ter muito mais ganho nessa interação do que se imagina”, afirma Patrícia. “O estudo também vai contribuir para que surjam novas pesquisas sobre outros aspectos da relação dessas crianças com o meio, na faixa etária de três a seis anos, a chamada primeira infância, uma vez que a interação social é um dos principais aspectos do seu desenvolvimento”. O estudo faz parte da dissertação de Mestrado de Patrícia, defendida no Programa Saúde da Comunidade, da FMRP, no último dia 6, e teve a orientação dos professores Jair Lício Ferreira Santos e Luzia Iara Pfeifer.
Fonte de informação: Agência USP de notícias

Fonte: http://www.apsdown.com.br/?p=839



quinta-feira, 24 de maio de 2012

* Jogos da Memória

Troca de F/V



Troca de D/T



R intercalado



* Disortografia


Disortografia

A Disortografia caracteriza-se por troca de fonemas na escrita, junção (aglutinação) ou separação indevidas das palavras, confusão de sílabas, omissões de letras e inversões. Além disso, dificuldades em perceber as sinalizações gráficas como parágrafos, acentuação e pontuação.
Devido à essas dificuldades o indivíduo prepara textos reduzidos e apresenta desinteresse para a escrita. A Disortografia não compromete o traçado ou a grafia.
Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros. Até a 2ª série é comum que as crianças façam confusões ortográficas porque a relação com sons e palavras impressas ainda não estão dominadas por completo.
Causa
Considera-se que 90% das disortografias têm como causa um atraso de linguagem ou atraso global de desenvolvimento.
Tratamento
Depois de uma avaliação fonoaudiológica o profissional irá traçar um plano de tratamento para que a disortografia não se torne uma vilã na aprendizagem.
O fonoaudiólogo poderá desenvolver um atendimento preventivo antes mesmo do terceiro ano (antiga 2ª série).
Quanto antes o tratamento com um fonoaudiólogo melhor será o prognóstico!
Veja um caso clínico de um paciente com 9 anos, no 4º ano:


Exemplo de disortografia com aglutinações, omissões e separação indevida de palavra.
Após 3 meses de tratamento:


Escrita sem aglutinações e omissões.


* Letra feia não é só pressa ou preguiça. Pode ser disgrafia


Transtorno de aprendizagem afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números.



Assim como em outros transtornos de aprendizado, o tratamento da disgrafia é multidisciplinar e envolve neurologistas, psicopedadogos, fonoaudiólogos e terapeutas.
Com os cadernos de caligrafia fora de moda nas escolas, a letra ilegível deixou de ser marca registrada apenas de médicos e apressados. Atraídos pelo computadores, crianças e jovens tendem a exercitar pouco a letra cursiva - antes treinada à exaustão nas folhas milimetricamente pautadas. Assim, a hora da escrita pode virar um tormento: tanto para quem escreve quanto para quem lê. Nas crianças em idade de alfabetização, no entanto, a atenção de pais e professores deve ser redobrada. Letra feia no caderno pode não ser apenas falta de jeito com o lápis ou caneta, mas, sim, um transtorno de aprendizagem conhecido como disgrafia, que afeta a capacidade de escrever ou copiar letras, palavras e números. O centro do problema está no sistema nervoso, mais precisamente nos circuitos neurológicos responsáveis pela escrita.
“A disgrafia pura ocorre ainda durante a gestação e já nasce com a criança. Ela não é adquirida”, explica Rubens Wajnsztejn, neurologista especializado em infância e adolescência. De acordo com Marco Antônio Arruda, neurologista do Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento, estudos apontam que a disgrafia é mais comum em meninos e é detectada ainda na infância, depois que o processo de alfabetização é consolidado, por volta dos oito ou nove anos. “A disgrafia pode ocorrer em adultos também, mas somente quando ocorre uma lesão, como um derrame, que pode comprometer a coordenação motora de mãos e braços”, afirma o médico. “Mas, nesse caso, já não se trata mais de disgrafia pura”.
Ainda na infância, a dúvida é saber quando a letra ilegível vai além da preguiça ou pressa e deve ser tratada como transtorno. Um teste eficiente é pedir que a criança escreva algumas frases em uma folha sem linhas, conta Raquel Caruso, psicomotricista e coordenadora da Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico (Edac). Se o resultado for uma escrita lenta, com letras irregulares, retocadas e fora das margens, é hora de preocupar-se. Além disso, os disgráficos têm dificuldades em organização espacial: daí, a escrita em que as palavras parecem “subir e descer o morro”.
Os sintomas da disgrafia não se referem exclusivamente à escrita. Alguns outros sinais de alerta podem ajudar os pais antes mesmo da alfabetização dos filhos. “Se você leva a criança a uma festa junina, por exemplo, observe se ela tem ritmo para acompanhar as músicas, memória para fixar os passos e atenção aos movimentos”, diz Raquel Caruso. Se observada alguma dificuldade nesse sentido, é hora de estimular a prática de exercícios físicos como correr e nadar, além de brincadeiras como amarelinha, pintura e recorte para estimular a parte motora dos pequenos. A falta dessas atividades pode comprometer o tônus muscular, piorando a já difícil situação dos disgráficos.
Rendimento escolar – É importante ressaltar que a disgrafia não compromete o desenvolvimento intelectual da criança nem é um indicador de que o Q.I. (quociente de inteligência) dela é baixo. Silvana Leporace, coordenadora do serviço de orientação educacional do Colégio Dante Alighieri, em São Paulo, reforça: “Geralmente, os disgráficos são alunos muito inteligentes. A comunicação oral deles é muito boa, mas, na hora de colocar as ideias no papel, eles têm muita dificuldade”, conta.
É esse desdobramento do problema que pode prejudizar o rendimento do aluno. Devido à dificuldade no ato motor, a criança demora mais a realizar algumas atividades, em comparação a seus colegas. É o caso de tarefas simples como copiar a lição da lousa. Outra situação típica: a professora pede que os estudantes redijam um texto, e o disgráfico, envergonhado pela a letra feia, conclui que nem vale a pena escrever. “Isso abala a autoestima da criança”, diz Sônia das Dores Rodrigues, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Diante do obstáculo, ele deixa de aprender.
Sem o treinamento exaustivo da caligrafia, a atenção na escola deve ser redobrada. “Se o treinamento da letra cursiva existe desde cedo, é possível encontrar os disgráficos. Com a prática em desuso, os professores e pais podem confundir digrafia com preguiça”, alerta Marco Antônio Arruda. “Mas a letra feia pode ser treinada e as crianças tidas como preguiçosas têm as habilidades necessárias para escrever bem. Já as digráficas, não: elas não tem habilidade e precisam de tratamento.”
Como tratar – Assim como em outros transtornos de aprendizagem, o tratamento da disgrafia é multidisciplinar e envolve neurologistas, psicopedadogos, fonoaudiólogos e terapeutas. Medicamentos só são indicados quando existem outros transtornos envolvidos, como déficit de atenção (DDA) ou hiperatividade.
Em relação à parte motora, Raquel Caruso, do Edac, afirma que é necessária uma preparação prévia do paciente, com exercícios mais amplos, para depois chegar à escrita. “O ponto principal é trabalhar com o corpo, com exercícios como manusear a argila e massagens, e depois partir para o específico, que é a escrita e outros problemas, como o de memória”, explica. “Vemos apenas o produto final, que é a letra ilegível, mas existe muita coisa por trás disso”. O tratamento pode levar meses e até anos, variando conforme o caso. O objetivo não é atingir a letra bonita, mas, sim, legível. E dar uma forcinha para o processo de aprendizado das crianças.

* Disgrafia



Alteração da escrita que a afecta na forma ou no significado, sendo do tipo funcional. Perturbação na componente motora do acto de escrever, provocando compressão e cansaço muscular, que por sua vez são responsáveis por uma caligrafia deficiente, com letras pouco diferenciadas, mal elaboradas e mal proporcionadas.
De forma geral, a criança com disgrafia apresenta uma série de sinais ou manifestações secundárias motoras que acompanham a dificuldade no desenho das letras, e que por sua vez a determinam. Entre estes sinais encontram-se uma postura incorrecta, forma incorrecta de segurar o lápis ou a caneta, demasiada pressão ou pressão insuficiente no papel, ritmo da escrita muito lento ou excessivamente rápido.


Sinais indicadores:

  • Postura gráfica incorrecta.
  • Forma incorrecta de segurar o instrumento com que se escreve.
  • Deficiência da preensão e pressão.
  • Ritmo de escrita muito lento ou excessivamente rápido.
  • Letra excessivamente grande.
  • Inclinação.
  • Letras desligadas ou sobrepostas e ilegíveis.
  • Traços exageradamente grossos ou demasiadamente suaves.
  • Ligação entre as letras distorcida.

Problemas associados:

  • Biológicos.
  • Perturbação da lateralidade, do esquema corporal e das funções perceptivo-motoras.
  • Perturbação de eficiência psicomotora (motricidade débil; perturbações ligeiras do equilíbrio e da organização cinético-tónica; instabilidade).
  • Pedagógicas
    • Orientação deficiente e inflexível,
    • Orientação inadequada da mudança de letra de imprensa para letra manuscrita,
    • Ênfase excessiva na qualidade ou na rapidez da escrita,
    • Prática da escrita como actividade isolada das exigências gráficas e das restantes actividades discentes.
  • Pessoais
    • Imaturidade física,
    • Motora,
    • Inaptidão para a aprendizagem das destrezas motoras,
    • Pouca habilidade para pegar no lápis,
    • Adopção de posturas incorrectas,
    • Défices em aspectos do esquema corporal e da lateralidade.

O que pode fazer:

  • Encorajar a expressão através de diferentes materiais (plasticina, pinturas e lápis). Todas as tarefas que impliquem o uso das mãos e dos dedos são positivas.
  • Incitar a criança a recortar desenhos e figuras, a fazer colagens e picotar.
  • Promover situações em que a criança utilize a escrita (ex.: escrever pequenos recados, fazer convites e postais).
  • Fazer actividades como contornar figuras, pintar dentro de limites, ligar pontos, seguir um tracejado, etc.
  • Deixar a criança expressar-se livremente no papel, sem corrigir nem julgar os resultados.

* Dislalia Infantil



Definição
A dislalia é um distúrbio da fala que se caracterizado pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas.

Causas
Algumas causas que provocam esse transtorno:
• história de infecção congênita na família;
• uso de drogas pela mãe;
• falta de oxigênio no cérebro na hora do parto;
• icterícia;
• meningite;
• imitação dos erros ou cacoetes de pessoas próximas;
• alterações emocionais;
• síndromes como a de Down, de Williams e a distrofia muscular progressiva de Duchene;
• hidrocefalias;
• neurofibromatose;
• psicopatias;
• ambiente familiar inadequado;
• paralisia cerebral;
• deficiência auditiva;
• herança genética.

Os casos de dislalia ocorre na primeira infância, quando a criança está aprendendo a falar. As principais causas, nestes casos, decorrem de fatores emocionais, como, por exemplo, ciúme de um irmão mais novo que nasceu, separação dos pais ou convivência com pessoas que apresentam esse problema (babás, por exemplo, que dizem “pobrema”, “Framengo”, etc.), e a criança acaba assimilando essa deficiência.
Dificuldade na linguagem oral, que pode interferir no aprendizado da escrita. A criança omite, faz substituições, distorções ou acréscimos de sons. Eis alguns exemplos:

Omissão: não pronuncia sons - "omei" = "tomei";
Substituição: troca alguns sons por outros - "balata" = "barata";

Troca de Letras mais Comuns:
As trocas de letras mais comuns provocadas pela dislalia são de "P" por "B", "F" por "V", "T" por "D", "R" por "L", "F" por "S", "J" por "Z" e "X" por "S".

Tratamento:
A dislalia tem tratamento-Os pais podem ajudar nos primeiros anos de vida,além da atenção dos pais ao problema dos filhos, a observação do professor é fundamental, porque na maioria das vezes, são eles que sinalizam a alteração na fala da criança contribuindo no tratamento. É propício que no início da alfabetização, a criança comece a trocar os fonemas e a falar errado, reproduzindo na escrita. A partir dos 4 anos de idade, quando há suspeita de dislalia, a criança deve ser encaminhada ao otorrinolaringologista, fonoaudiólogo ou psicopedagogo.
O tratamento da dislalia varia de acordo com a necessidade de cada criança. Em primeiro lugar, é feita uma avaliação após um contato com a família, e faz-se um levantamento histórico da criança para, só depois, iniciar o trabalho com a percepção dos sons que ela não executa.

Recadinho para os Professores
-Repetir somente a palavra correta para que a criança não fixe a forma errada que acabou de pronunciar.

- É importante que o professor articule bem as palavras, fazendo com que as crianças percebam claramente todos os fonemas.

- Uma criança que falta às aulas regularmente por problemas de audição, como otites freqüentes, requer maior atenção.

- Os professores devem ser bem -orientados em relação a estes fatores e , para isto, é preciso que haja interação entre eles e os fonoaudiólogos.

- O ato da fala é um ato motor elaborado e, portanto, os professores devem trocar informações com os educadores esportivos e professores de Educação Física, que normalmente observam o desenvolvimento psicomotor das crianças.

- O ideal é que a criança faça uma avaliação fonoaudiológica antes de iniciar a alfabetização, além de exames auditivos e oftalmológicos.

Assim que perceber alterações na fala de um aluno, o professor deve evitar que a criança seja constrangida em sala de aula ou chamar a atenção para o fato. O recomendável é que não se espere muito tempo para avisar a família e procurar um fonoaudiólogo
No caso de uma criança pronunciar incorretamente uma palavra, o professor deve apenas repeti-la da forma correta. Não há necessidade de lhe dizer que a pronúncia está errada. Isso lhe causaria grande constrangimento. A autoestima da criança está em jogo e é nosso dever, como educadores, mantê-la elevada.

Fontes: http://www.appai.org.br/jornal_educar/educar_n7/saude/dislalia.htm
http://www.educacaoadventista.org.br/educadores/educacao-especial/488/o-que-e-dislalila-e-qual-o-tratamento.html 
http://www.boasfalas.com.br/dislalia-troca-de-letras/
http://cazangipedagoga.blogspot.com.br/2010/10/dislalia-infantil.html

* Como tratar a gagueira infantil?

Não existe causa única para a gagueira. Geralmente, inicia-se na infância, o que ocorre em todas as crianças por volta dos três anos de idade


Não existe uma única causa para a gagueira. Geralmente, inicia-se na infância, o que ocorre em todas as crianças por volta dos três anos de idade. Todas as crianças nesta faixa de idade estão ativamente aprendendo a falar. Neste processo, é natural que cometam erros de fala. Esses erros são chamados de hesitações/disfluências. Algumas crianças apresentam mais do que outras e isso é normal. 

Entretanto, há certas crianças que apresentam muitas hesitações/disfluências - principalmente repetições e prolongamentos de sons -, que são facilmente notadas por quem ouve. 

Prevenir a gagueira é muito importante. Quando não tratada, pode causar transtorno na comunicação da criança. Quando houver dúvidas, procure um fonoaudiólogo. 

Orientações para a família da criança que gagueja

- aceite as falhas ou quebras de ritmo, pois fazem parte do processo de aquisição da linguagem; 

- não peça para a criança não ter medo de falar ou ficar calma e respirar antes de falar; 

- quando a criança falar, olhe diretamente para o seu rosto. Toda a sua atenção deve estar voltada para ela; 

- ouça com atenção e paciência o que a criança tem a dizer; 

- não termine as palavras e frases nem o assunto para a criança; 

- leia histórias para a criança; 

- melhore a auto-estima da criança, elogie-a sempre que possível; 

- fale com a criança de forma calma, sem pressa, pausando frequentemente; 

- antes de começar a falar, ouça a criança até o fim e espere alguns segundos após ela ter concluído aquilo que queria dizer. Isso desacelera o ritmo geral da conversa; 

- use expressões faciais, contato visual e outras formas de linguagem corporal para comunicar à criança que você está prestando atenção ao conteúdo da mensagem, e não somente à forma como ela está falando. 

Karina J. O. Souza, fonoaudióloga


Fonte: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--50-20091110

* Gagueira Infantil

A gagueira é uma desordem que ocorre na fala e, por isso,não faz parte do desenvolvimento normal de linguagem. Não apresenta uma causa única, nem tão pouco definida, pois, resulta da interação de fatores biológicos, sociais e psicológicos. A frequência e severidade com que ocorre variam dependendo da quantidade de “estresse comunicativo” a que o indivíduo é exposto, ou seja, às exigências impostas para que se torne “um bom falante”.

Devido às exigências do ouvinte, a criança tenta se auto-corrigir e antecipa a sua fala , apresentando falhas e utilizando como recurso movimentos associados de face e/ou corpo (piscar os olhos, balanceio de determinadas partes do corpo) simultaneamente a fala. Além disso, pode-se dispor de outros mecanismos como “forçar” a saída da fala. No entanto, quando utiliza-se deste meio, acaba por apresentar repetições, prolongamentos, bloqueios, hesitações e pausas de sons, sílabas, palavras e/ou frases. Diante disso, podem ocorrer dificuldades de fala antecipatórias que se tornam, muitas vezes, uma condição necessária, para que possa dar continuidade a fala, pois a partir de então, consegue comunicar-se com o outro por meio da comunicação oral.

No que diz respeito à terapia há diferentes abordagens terapêuticas para o tratamento das gagueiras infantis. Cada caso deve ser analisado individualmente. O êxito no tratamento depende das características da criança/família, da motivação, cooperação e também do conhecimento e competência do profissional. O profissional indicado para realizar este tratamento é o Fonoaudiólogo. Muitas vezes é necessário que a fonoterapia seja realizada em conjunto com o atendimento psicológico, já que fatores emocionais, quando não são desencadeantes, podem funcionar como mantenedores do quadro associado a outros fatores etiológicos.

Mesmo a criança realizando tratamento especializado os pais, familiares e professores podem auxiliar na fluência das crianças da seguinte forma: utilizar frases curtas e palavras simples; não completar a fala da criança; não demonstrar ansiedade na frente da criança; evitar chamar a criança de “gago”, pois isso faz com que se identifique como tal; escutar com paciência o que a criança tem para falar prestando atenção no que está falando, e não no modo como está realizando seu discurso, e evitar situações que possam deixá-la ansiosa, nervosa.
Texto escrito pela Fga. Adriana Braga Grandin - CRFª 8291



* Transtornos da Linguagem Oral




A linguagem é um sistema simbólico através do qual organizamos o mundo, expressamos nossos pensamentos e participamos da vida em sociedade.
O desenvolvimento da linguagem e da fala depende de diversos fatores: orgânicos, cognitivos, emocionais e ambientais.
Os transtornos no desenvolvimento da linguagem e da fala são atrasos ou desvios do padrão usual de aquisição e representam uma das alterações mais comuns observadas em crianças (estima-se que afetem de 5 a 10% desta população).
O atraso na aquisição da linguagem pode interferir de maneira significativa na vida da criança, limitando seu desenvolvimento social e escolar. A identificação precoce e a intervenção adequada são o caminho mais efetivo para desenvolver a linguagem e minimizar o impacto das alterações apresentadas.
Retardo de Linguagem:
No Retardo de Linguagem a capacidade de a criança utilizar a linguagem oral para se comunicar está prejudicada e se encontra em um nível inferior ao esperado para a sua idade.
Algumas características observadas:
  • Aparição tardia das primeiras palavras (após os 18 meses);
  • Emprego de 2 palavras juntas (após os 2 anos);
  • Uso de frases muito simples;
  • Vocabulário reduzido;
  • Uso de gestos e de expressão facial para compensar as dificuldades de se expressar verbalmente;
  • Dificuldade na produção dos sons da fala (fonemas);
  • Compreensão verbal melhor que a expressão verbal.
O Retardo de Linguagem pode ser leve, moderado ou severo, dependendo do grau de comprometimento da linguagem oral.
Níveis da Linguagem Oral que podem estar alterados:
· Fonológico: como os sons são produzidos pelo falante.
Exemplo: omite ou substitui sons.
· Morfossintático: como organiza as palavras e as relaciona nas frases.
Exemplo: estrutura as frases de maneira muito simples, problemas em flexão e concordância verbal e nominal.
· Semântico: como dá o significado às palavras.
Exemplo: vocabulário pobre e restrito.
· Pragmático: como usa a linguagem tendo em conta os interlocutores e o contexto.
Exemplo: pouca iniciativa e escassas formas sociais de iniciar uma conversação.
Diagnóstico e Terapia:
O diagnóstico precoce é muito importante para haja uma intervenção terapêutica sem demora.
O fonoaudiólogo irá acompanhar a criança e sua família, intervindo de maneira eficaz para ampliar a linguagem oral da criança e oferecendo modelos adequados de interação comunicativa entre a criança e a sua família.
Prognóstico:
Quando recebem pronto acompanhamento fonoaudiológico e apoio familiar e escolar, as crianças com Retardo de Linguagem costumam ter um bom prognóstico e apresentam uma evolução significativa de seu quadro.
Distúrbios na linguagem falada transferido para a escrita:
Vale ressaltar que estudos recentes mostram que as habilidades verbais influenciam no desenvolvimento da alfabetização. Segundo M. Snowling (2004), a linguagem escrita é claramente dependente das habilidades da linguagem falada – “Crianças com dificuldades de fala e de linguagem têm um embasamento defeituoso para basear o desenvolvimento da sua alfabetização”.
As dificuldades na linguagem escrita são parte do contínuo das desordens da linguagem, o que mostra o caráter evolutivo das dificuldades de linguagem. Neste sentido, as dificuldades na linguagem escrita podem ser uma extensão do déficit na linguagem falada.