quarta-feira, 21 de março de 2012

* Como acontece a alfabetização em crianças com Down

Processos de alfabetização com crianças portadoras de síndrome de Down


Para além da importância de uma educação, a experiência escolar ajuda uma criança com trissomia 21 a desenvolver a sua própria identidade e a fortalecer a sua auto-estima e autoconfiança. Contactar com a sociedade, para além dos limites do lar, é fundamental para estimular as relações sociais e o envolvimento da criança com o seu próprio meio. Na escola, uma criança com Síndrome de Down pode, deve e vai adquirir competências acadêmicas básicas como ler e escrever, tão bem como os restantes alunos. A única diferença é que pode demorar um pouco mais: enquanto as outras crianças aprendem a ler e a escrever em cerca de seis meses, uma criança com Síndrome de Down pode precisar de um ano ou mais. Independentemente disso, os estudos mostram que a educação pode produzir resultados excelentes e até inesperados nas crianças com trissomia 21, daí a importância do empenho dos professores e dos pais.
Atualmente há uma discussão em torno dos métodos tradicionais de alfabetização e da teoria construtivista. Para entendermos tal discussão, é necessário examinarmos os pressupostos teóricos que estão embasados nestas práticas pedagógicas tradicionais de alfabetização e na teoria construtivista.
As práticas pedagógicas tradicional, representadas pelos métodos sintéticos e analíticos, apresentam uma concepção mecânica e diretivista, sendo a idéia de aprendizagem vista como um condicionamento, no qual o comportamento é moldado (governado), descrito, explicado, previsto e controlado por reforços.
Em oposição a estes métodos surge a proposta ou Teoria Construtivista, cujo principal representante é Jean Piaget. Para Piaget o sujeito constrói o conhecimento na sua relação com o meio, passando este por diferentes estágios, que dependem do que cada sujeito traz de herança genética e esquemas mentais para compreender determinada situação. Esta compreensão requer, também, maturação neurológica, experiências socioculturais e fatores afetivos, a fim de desenvolver a autonomia intelectual.
Este corpo de conhecimento sobre a proposta construtivista será ampliado pelos estudos sobre a psicogênese da leitura e escrita, através das pesquisadoras Emília Ferreiro e Ana Teberosky que tentam investigar como a criança constrói seu conhecimento.
Este trabalho tem por finalidade investigar a partir de um ditado avaliativo, como crianças com Síndrome de Down pensam a escrita, tomando como referencial a pesquisa de FERREIRO & TEBEROSKY (1985) e FERREIRO (1990).
Estando organizado da seguinte maneira: apresenta uma visão breve sobre a teoria construtivista, ressaltando dentro desta a teoria ferreiriana e como se dá o processo de construção do sistema de escrita alfabética; caracteriza uma criança portadora da Síndrome de Down.
Discutiremos a importância de uma alfabetização que tenha conhecimento dos estudos desenvolvidos por Ferreiro, a fim de aperfeiçoar e entender o processo de construção de conhecimento dos alunos.

Fonte: http://monetani.blogspot.com.br/2010/09/como-acontece-alfabetizacao-em-criancas.html?spref=fb

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